Caixa apresenta à Contraf/CUT
diagnósticos e premissas para o novo PCC
Na rodada de negociação que manteve ontem com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) e com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), em Brasília (DF), a Caixa Econômica Federal apresentou os diagnósticos e as premissas para o novo Plano de Cargos Comissionados (PCC), denominado de Plano de Funções Gratificadas (PFG).
Entre as premissas propostas pela empresa, destacam-se pontos como a diminuição no número de cargos, a substituição das três tabelas salariais em uma única para todas as funções gratificadas e o estímulo para que os empregados possam crescer horizontalmente dentro de suas carreiras, sobretudo na rede e nas filiais. A Caixa garantiu que essa sua proposta não prevê redução de remuneração.
Na ocasião, a Contraf/CUT – CEE/Caixa também apresentou sua proposta para o novo PCC, aprovada em plenária nacional específica. Essa proposta dos empregados é focada em grandes temas, numa perspectiva estrutural.
O debate e a negociação de um novo PCC representam uma conquista do acordo coletivo da última campanha salarial. A Caixa cumpriu seu compromisso de apresentar a proposta. A próxima reunião para apresentação final está pré-agendada para o dia 16 de julho.
Saúde Caixa
Na rodada de negociação de ontem, a Contraf/CUT – CEE/Caixa e os representantes da empresa discutiram o regimento para a criação dos comitês de acompanhamento do Saúde Caixa em cada uma das 15 Gipes (Gerência de Pessoas). O conteúdo foi consensuado no GT Saúde, que esteve reunido esta semana em Brasília. A empresa se comprometeu a analisar o regimento com mais detalhes e retornar, nos próximos dias, com uma posição sobre o seu processo de implantação.
A Contraf/CUT – CEE/Caixa também cobrou da empresa soluções para alguns problemas urgentes do Saúde Caixa, que vêm ocorrendo país afora. Foi citada a situação de São Paulo, em que os profissionais de saúde estão se descadastrando da rede de credenciados, alegando atraso de pagamento. Também foi apresentado o caso de Pernambuco, onde o convênio com os anestesistas não foi renovado e, portanto, os empregados da Caixa que necessitarem de cirurgia terão que pagar à parte pela anestesia.
A Contraf/CUT – CEE/Caixa reiterou que todos esses problemas só reforçam a importância da instalação dos comitês de acompanhamento de rede credenciada do Saúde Caixa, com a participação dos empregados. Unificação das baterias de caixa Em relação à unificação das baterias de caixa (Ret/PV), a empresa informou que o Termo de Ajuste de Conduta (TAC), assinado para suprimir as terceirizações nessa área, foi cumprido. Foram desligados da empresa 9.239 empregados terceirizados nos módulos I e II.
Para substituir esse contingente, foram contratados 5.429 empregados concursados. A substituição dos terceirizados é reconhecida como positiva pelos representantes dos trabalhadores, mas ao mesmo tempo é preciso garantir condições de trabalho decente para todos os empregados.
A Contraf/CUT – CEE/Caixa reafirmou que essas substituições são insuficientes e que é necessário contratar mais empregados. Entre os problemas de integração apontados pela representação nacional dos empregados destacam-se o desvio de função e o excesso de horas extras. O cumprimento de uma jornada além do horário convencional coloca em risco a saúde do trabalhador, que fica exposto a erros pela carga excessiva de trabalho, e compromete a segurança da agência como um todo.
Foi cobrada ainda da Caixa urgência na solução dos problemas que estão ocorrendo e medidas imediatas para coibir as situações caóticas causadas pela falta de pessoal. A Contraf/CUT – CEE/Caixa avalia ser fundamental, neste momento, fortalecer a campanha “Mais empregados para a Caixa – Mais Caixa para o Brasil”, lançada pela Fenae/Apcefs e pela Contraf/CUT – sindicatos de bancários, e cuja meta é pressionar a empresa para alcançar pelo menos 100 mil empregados em seu quadro próprio.
Tíquete para os aposentados
A Contraf/CUT – CEE/Caixa cobrou a definição de proposta de implantação da cláusula 35 do acordo 2008/2009, que trata do tíquete na aposentadoria para empregados que ingressaram na Caixa até fevereiro de 1995. Os representantes da empresa afirmaram que os estudos estão sendo finalizados, e, assim que concluídos, serão apresentados para o movimento nacional dos empregados.




Nenhum comentário:
Postar um comentário