terça-feira, 6 de outubro de 2009

TERÇA-FEIRA, 13... Dias de greve
Greve mostra força, cresce e paralisa
mais de 7.500 agências no Brasil inteiroMaioria das bases sindicais vinculadas à Contraf/CUT realizou assembleias de caráter organizativo.
Greve por tempo indeterminado continua nesta terça-feira, dia 6 de outubro
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Por unanimidade, as assembleias de bancários realizadas pela maioria das bases sindicais vinculadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) aprovaram a continuidade da greve por tempo indeterminado nesta terça-feira, dia 6 de outubro.
Há o registro de que mais de 7.500 agências de todos os bancos (públicos e privados) continuaram paradas no dia de hoje (segunda-feira), apesar da truculência das instituições financeiras com pedido de interdito proibitório e das ameaças aos trabalhadores, na tentativa de impedir o direito constitucional de greve.
A orientação do Comando Nacional dos Bancários é de que a paralisação fica mantida até que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresente uma proposta que contemple as reivindicações da categoria bancária.
Portanto, a greve continuará forte e coesa no Brasil inteiro, numa demonstração de que os bancários exigem aumento real de salário, PLR maior e mais justa, valorização dos pisos salariais, proteção aos postos de trabalho e mais contratações e implantação de políticas que melhorem as condições de trabalho, de saúde e de segurança, apontando ainda para o fim do assédio moral e das metas abusivas.
A paralisação na Caixa também cresce em todo o país.
Os trabalhadores da empresa lutam não só por reivindicações econômicas gerais, mas também por condições dignas de trabalho, mudanças no Plano de Cargos Comissionados (PCC), ampliação do quadro de pessoal, isonomia de direitos entre novos e antigos bancários, respeito à jornada de trabalho de seis horas, tíquete e cesta-alimentação para todos os aposentados e pensionistas, garantia de sustentabilidade ao plano REG/Replan não-saldado da Funcef e fim das discriminações a seus participantes, superação dos problemas do Saúde Caixa e democratização da gestão.
Contraf/CUT pede apoio do Congresso Nacional à greve dos bancários
Em correspondência remetida ontem, segunda-feira (5 de outubro) a todos os deputados federais e senadores, a Contraf/CUT denunciou a intransigência dos bancos nas rodadas de negociações da campanha nacional salarial da categoria bancária.
O documento também pede apoio à greve e solicita que os parlamentares intercedam junto às instituições financeiras, “a fim de que a Fenaban e as direções dos bancos públicos federais, a exemplo da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, retomem imediatamente as negociações e apresentem uma proposta decente aos trabalhadores para resolver o impasse”.
A carta da Contraf/CUT ao Congresso Nacional representa mais um esforço para buscar o apoio político de todos os setores da sociedade brasileira à justa greve nacional dos bancários.
O documento afirma, inclusive, que o sistema financeiro, “o setor mais lucrativo da economia brasileira, que lucrou R$ 19,3 milhões no primeiro semestre deste ano, não pode desrespeitar quem produziu esses resultados gigantescos, às custas da pressão por metas abusivas e assédio moral”.
Para a mensagem da Contraf/CUT, a intransigência da Fenaban em mesa de negociações com o Comando Nacional dos Bancários “revela falta de responsabilidade social dos bancos não somente para com seus trabalhadores, mas também para com os clientes e a sociedade, que sofrem igualmente com a cobrança de altas taxas de juros, tarifas exorbitantes, filas intermináveis e insegurança nas agências e postos de atendimento”. .

Contra a intransigência do
Banco da Amazônia,
o remédio é manter a greve
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Enquanto outros bancos públicos estão procurando um caminho mais sensato em busca de um acordo nesta Campanha Salarial, é de se lamentar que o Banco da Amazônia seja o único banco a suspender as negociações específicas com as entidades representativas de seus empregados. Antes de interromper o processo de negociação, o Banco da Amazônia se resumiu a garantir apenas que vai seguir as "cláusulas eminentemente econômicas" acordadas com a Fenaban e negou todos os novos pleitos dos empregados, sem dar maiores explicações às entidades sobre as negativas.
Temos essas e mais outras boas razões para continuar com a greve forte e ampliada nas agências do Banco da Amazônia nos quatro cantos do país. Essa postura intransigente é condenável, quando o caminho mais sensato é o exercício do processo de negociação até a exaustão, em busca de melhorias para os empregados!
Todos os trabalhadores têm o maior interesse em encerrar a greve, mas isso só vai acontecer quando terminar a economia que os banqueiros querem fazer com os bancários. A responsabilidade está nas mãos dos donos dos bancos. Aos bancários cabe a indignação. Quanto maior a greve, maiores serão as conquistas dos trabalhadores.
Veja como está a negociação nos outros bancos públicos:
BNB - o banco propõem seguir o que for acordado na mesa da Fenaban. No capítulo da PLR - Participação nos Lucros e Resultados, entretanto, vai repetir o modelo adotado em 2008, ainda que o benefício acertado na mesa geral seja inferior, ou seja: distribuir 9% do lucro líquido de 2009, linearmente, entre todos os funcionários.
CAIXA - os trabalhadores já alcançaram a garantia de alguns avanços, como a criação de comitês para a discussão e resolução de casos de assédio moral.
BB - Na retomada das negociações das questões específicas do BB, a empresa avançou em algumas reivindicações do funcionalismo: anunciou a contratação de três mil novos funcionários até 2010 e a criação de comitês de ética nos 27 Estados e no Distrito Federal com representação eleita pelos bancários, visando combater o assédio moral e "outros desvios comportamentais".
O BB também propôs manter o modelo de PLR em vigor. Nova rodada de conversação com o BB será mantida pelo Comando Nacional dos Bancários após a reunião com a Fenaban.
BANPARÁ - As negociações estão em pleno andamento. Hoje, à tarde, está sendo realizada mais uma rodada. Como se vê, a disposição de negociar está vigorando em todos os bancos públicos, com exceção do Banco da Amazônia. Mas, a intransigência do Banco só faz aumentar o movimento grevista. A cada dia cresce o número de agências que aderem a greve.
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Mais de 46 mil bancários param em São Paulo.
Nesta terça tem passeata.
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Os bancários entraram ontem, segunda-feira, 5 de outubro, em seu 12º dia de greve nacional por tempo indeterminado parando, além das agências bancárias da região central de São Paulo e da região da Avenida Paulista, concentrações dos principais bancos onde se localizam os seus respectivos presidentes. Cerca de 46,6 mil bancários, somadas as agências, foram abrangidos pela paralisação em 554 locais.
As mobilizações foram concentradas em prédios administrativos onde trabalham os presidentes dos bancos: Roberto Setubal, do Itaú Unibanco, no Centro Empresarial Itaú Conceição (Ceic), na estação Conceição do metrô; Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, na Cidade de Deus, em Osasco; Fábio Barbosa, do Santander na matriz do banco Real (adquirido pelo banco espanhol) nas proximidades da estação Trianon, na Avenida Paulista; J. Safra no Safra da Paulista, nas proximidades da estação Consolação.
Passeata
Os bancários vão fazer uma passeata na tarde de terça-feira 6, pelas ruas do Centro Velho de São Paulo. A concentração será a partir das 16h30 em frente ao Complexo São João do Banco do Brasil, na esquina da Avenida São João com a Rua Libero Badaró.
"Venha participar e cobrar dos banqueiros uma nova negociação com proposta decente", convoca a secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira. "Vamos fazer um ato pra marcar a greve deste ano e provocar uma reação dos bancos".
Reivindicações
A categoria reivindica 10% de reajuste salarial (sendo 5% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850.
Os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão.
Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas, práticas que provocam o adoecimento dos trabalhadores.
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GREVE NA MÍDIA
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04/10/2009 às 09h15min
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GREVE
A greve dos bancários é legítima, todos sabem.
Agora, que atrapalha a vida da quase totalidade dos brasileiros, atrapalha...
Jersan Araujo,
Sub-Secretário de Comunicação da Prefeitura de São Luis
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Greve dos bancários recebe
apoio e críticas da população
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A greve dos bancários, que atinge os 26 Estados e o Distrito Federal, vem crescendo a cada dia desde quando foi iniciada, no último dia 24. De lá para cá, o número de agências e postos de trabalho paralisados aumentou de 2.881 para 7.053, segundo balanço da Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), o que representa mais de 35% do total do país. Afetada pela greve, a população se divide entre os que apoiam e os que criticam os bancários.

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