domingo, 2 de agosto de 2009

DIRETO DE BREJO
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Polícia identifica chefe do
bando que assaltou o BB
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O delegado Geral da Polícia Civil, Nordman Ribeiro declarou na tarde de ontem, que equipes de policiais, com apoio da PM, permanecem na região à procura da quadrilha que assaltou a agência do Banco do Brasil da cidade de Brejo, na manhã de sexta-feira, 31/7.
Segundo Nordman Ribeiro, o chefe do bando já foi identificado: trata-se de Antônio Moreira, o “Bigode” que lidera quadrilheiros do Maranhão, Pará e Paraíba, que agem sempre a partir de informações de alguém da região escolhida para os assaltos.
“Bigode é bastante conhecido como chefe de grupos e já esteve preso em Imperatriz, por assaltos a banco em 2005”, informou o delegado Geral.
Ele disse ainda que nenhum funcionário do Banco do Brasil foi atingido a tiro durante o assalto, como foi noticiado.
“Há informes de que um lavrador teria sido atingido, na rua em frente à agência, porém, não há registro de nenhuma ocorrência sobre o caso na Delegacia de Polícia de Brejo”, argumentou, acrescentando que, os assaltantes levaram apenas o dinheiro que estava em um dos caixas e no caixa eletrônico da agência.

A quadrilha estaria esperando um carro-forte que não chegou no horário previsto, mas a quantia não foi revelada. Na fuga, o bando levou seis reféns, sendo três funcionários da agência bancária e três vigilantes. Entre as pessoas levadas pelos assaltantes, estava o gerente do banco, Arapuã de Jesus. (Jornal Pequeno).
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Artigo/Democracia & Opinião
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Chamas que aquecem o frio
Eduardo Navarro*
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Como já era de se esperar a 11ª Conferência Nacional dos Bancários da Contraf foi tão ou mais fria que a Conferência de São Paulo.
Seguiu a mesma lógica da anterior, ou seja, apresentação de relatórios e votação em bloco sem privilegiar os debates que tanto alimentam a democracia.
Não fosse a intervenção organizada da CTB que junto com a Intersindical, a CSD e com a bancada do Nordeste três questões vitais passariam em brancas nuvens: o índice a ser reivindicado; a estratégia da campanha sindical; e, uma questão que a força majoritária teima em contratar com os banqueiros, a remuneração variável.
A primeira questão diz respeito ao montante que queremos que corrija nossos salários deste ano e que vai até o ano que vem. Apresentamos a proposição de reposição da inflação apurada entre setembro de 2008 e agosto de 2009 mais um aumento real de 10%.
Já a Articulação defendeu um reajuste de inflação com 5% de aumento, sendo que esta composição é inferior ao conquistado no ano passado. Não sua defesa a Articulação argumentou que estava se baseando em pesquisa realizada junto à categoria.
Ora, sabemos todos que pesquisa reflete apenas um dado momento que tende a se alterar quando vai se construindo convicção acerca da justeza da proposta. Nos últimos anos já vimos muitos candidatos ganharem eleições quando as pesquisas os apontavam como derrotados.
A Estratégia da Campanha Salarial diz respeito aos caminhos que iremos construir rumo à vitória de nossas reivindicações.
A Articulação defendeu a Mesa Única com mesas concomitantes enquanto que as forças que formaram o Bloco formularam que a estratégia deste ano deve se dar em uma Mesa Geral com a Fenaban e Mesas Específicas nos Bancos Públicos com minutas específicas, inclusive com reposição das perdas salariais históricas.
A princípio pode parecer proposições iguais, porém, não as são. A diferença está na determinação de recompor as perdas salariais a que os bancários dos bancos públicos foram submetidos durante os 8 anos do governo de FHC. Perdas estas que a força majoritária já não considera que deva ser mais apresentada aos bancos públicos.
Quanto a questão da Remuneração Variável é tão venal que não gostaria de reproduzir aqui os argumentos utilizados. Só destaco que não é papel do movimento sindical estar auxiliando a gestão dos banqueiros determinando o nível de exploração a que os bancários devem ser submetidos para ganhar uns trocados a mais.
Assim como na conferência de São Paulo (aqui corrijo uma injustiça) e na conferência nacional a voz firme de seguimentos da categoria, que conformaram um bloco, aqueceu o gélido debate, espero, torço e confio que estas mesmas forças possam ser chamas que aqueçam nossa fria campanha salarial e dar direção aos verdadeiros anseios de nossa categoria. Cabe aos bancários e bancárias dos diversos bancos alimentar esta chama.
*Eduardo Navarro é bancário do Bradesco e vice-presidente da Feeb
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EXPLORAÇÃO E ABUSO DE PODER
BB obriga gerentes a fazer manutenção
de caixas eletrônicos em São Paulo
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O Banco do Brasil está obrigando os gerentes de módulo da Plataforma de Serviços Operacionais a fazer a manutenção dos terminais de autoatendimento.
De alicates em punho e braçadeiras, esses gerentes têm trabalhado como técnicos de informática, num claro desvio de função.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo acompanhou um procedimento e confirmou a denúncia dos bancários. Após o flagrante, o departamento jurídico do Sindicato vai levar o problema para o Ministério Público do Trabalho e solicitar fiscalização para uma futura ação.
Segundo o diretor do Sindicato Cláudio Rocha, o BB está criando um passivo trabalhista, cujo fundamento está na alteração unilateral do contrato de trabalho.
"O banco está abusando do poder diretivo de empregador e desrespeitando a legislação, com esse desvio de função. Qualquer alteração no contrato deve contar com a anuência do trabalhador, sob pena de nulidade. Quando um gerente é obrigado a fazer manutenção em terminais, com chave de fenda e alicate, ele não está trabalhando como gerente, mas sim como técnico de informática ou algo parecido", diz.
Para o dirigente, esta imposição do BB aos gerentes de módulo vai na contramão dos princípios fundamentais do Estado Democrático de Direito. "Além de ferir a dignidade da pessoa humana, fere os valores sociais do próprio trabalho. Este fato indica não só um desequilíbrio laboral, mas também é um abuso", finaliza Cláudio Rocha. Fonte: Fábio Jammal Makhoul - Seeb São Paulo

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