Realizado no mês passado, no Sindicato dos Bancários de Brasília, o 20º Congresso dos Funcionários do Banco do Brasil, discutiu 4 grandes temas: Saúde e condições de trabalho, O papel do Banco e as incorporações, PCCS (Plano de Carreira, Cargos e Salários) e Organização do movimento.
Na dinâmica do CNFBB aconteceu a análise de conjuntura “Os bancos federais frente à crise financeira internacional”, proferida por Clovis Scherer (supervisor técnico do Dieese/DF) e debate sobre Previdência feito por Ricardo Sasseron e Mirian Fochi (diretores eleitos da Previ), que debateram sobre a previdência pública e privada, os números da Previ e outros assuntos, além das ações que visam barrar a resolução CGPC 26/2008, que trata da distribuição do superávit das empresas de fundo de pensão complementar.
Teses Apresentadas
Foram apresentadas 7 teses ao Congresso, assinadas pelas diversas correntes que atuam no movimento sindical bancário (da esquerda ponto-gov ao esquerdismo histérico soy-contra-tudo), versando sobre as mais diversas questões de interesses dos funcionários, como a crise financeira do capitalismo, campanha salarial, mesa única e mesas específicas de negociação, perdas salariais, priorização do salário, isonomia para os funcionários Pós-98, anuênio, jornada de 6 horas, auxílios, fim da terceirização, fim do CSO/USO, PLR linear para todos, PCS/PCCS, valorização do dirigente sindical, adoecimentos físicos e mentais, Cassi, Conselhos de Usuários da Cassi, Previ, incorporações, dentre outros.
Conlutas prega o fim da Mesa Única
O triste foi ver a Conlutas - tendência seguida pela Chapa 1 - pregar, nos seus panfletos, o fim da Mesa Única de negociação, ou seja, o fim da Convenção Coletiva de Trabalho nacional, uma proposta irresponsável, oportunista e divisionista, que acirra os interesses individualistas em detrimento do conjunto da categoria bancária.
Avaliação dos Integrantes da Chapa 2
Os funcionários do banco Camilo Rocha, Nonato Martins e Maria Aluá, delegados representantes dos bancários do Maranhão e membros da Chapa 2 Democracia e Unidade para Avançar avaliaram como muito positivo o 20º CNFBB, onde se discutiu os problemas vividos pela categoria e pelos bancários do BB, sobretudo neste momento de crise do capitalismo e de incertezas, de reestruturação interna do BB (Direção Geral, Uso etc), de recrudescimento do assédio moral e do adoecimento das pessoas e por isso concordam que a campanha salarial deste ano deve ser antecipada para desde já pela categoria, contemplando as bandeiras de lutas gerais e específicas dos funcionários do BB, com muita unidade e combatividade.
Confira algumas das resoluções
Saúde e Condições de Trabalho
- Fortalecimento do programa de Atenção Integral à Saúde, que na visão dos presentes está sendo colocado em segundo plano pela atual gestão da Cassi e do banco.
- Recomposição das equipes de saúde da família nas unidades Cassi.
- Melhorar o atendimento nas unidades, e quando for o caso, rever a dotação das mesmas.
- Implantação imediata do Plano Odontológico.
- Cobrar o fim do assédio moral nas dependências do banco, punindo de forma exemplar os responsáveis por estas práticas e impedindo o estabelecimento de metas abusivas.
Criação de comissões mistas, banco/sindicato, para apuração dos responsáveis, incluindo jornadas sobre assédio moral e conscientização, patrocinadas pelo sindicato.
Papel do BB e as incorporações
- Defender a regulamentação do Art. 192 da Constituição Federal - Sistema Financeiro Nacional. - Defesa do BB como banco público, com ações como:
*Campanha junto aos funcionários esclarecendo sobre um banco público com função social (RSA, spread adequado, respeito aos direitos trabalhistas, etc).
*Estender o debate à sociedade e aos movimentos sociais organizados, inclusive.
*Utilizar ferramentas como abaixo-assinados, etc.
- Preservar os direitos dos funcionários incorporados, estendendo os direitos dos funcionários do Banco do Brasil a eles e vice-versa, no que for melhor (visando uma plataforma comum).
- Não aceitar demissões de funcionários egressos dos bancos incorporados.
- Não aceitar transferências compulsórias de funcionários.
Remuneração e PCCS
- Fim da Lateralidade com a volta do pagamento das substituições.
- Critérios objetivos para as nomeações de comissionados.
- Cumprimento da jornada de 6 horas, inclusive os comissionados.
- Isonomia para funcionários novos e antigos e adquiridos, pautando-se pela manutenção do maior benefício.
- Fim dos caixas flutuantes/itinerantes. Os caixas executivos devem ser todos efetivos e devem pertencer ao quadro das agências.
- Lutar pela isonomia total.
- Aumentar a dotação das agências com a reposição das vagas existentes.
- Piso do Dieese para o PCCS.
- Não ao projeto USO.
Organização do movimento
- Campanha Salarial unificada com mesas específicas concomitantes.
- Articular a campanha nacional do BB com outras categorias e com outros movimentos sociais.
- Representação de 1 delegado sindical por dependência com pelo menos 1 para 50.
- Luta contra a terceirização em todos os níveis e a substituição dos mesmos por concursados.
Fonte: Rede de Comunicação dos Bancários
Nenhum comentário:
Postar um comentário