segunda-feira, 11 de maio de 2009

Profissionais de carreira reforçam greve,
recebem doações e orientam comunidade
A partir de hoje (11) os profissionais da carreira da CAIXA, em greve por tempo indeterminado desde o dia 28 de abril, armam barraca na Praça João Lisboa, Centro de São Luís, para receber doações que serão entregues às vítimas das enchentes no Maranhão. O período de arrecadação depende da disposição da Caixa em apresentar uma proposta digna de aceitação.
“Tudo depende do banco. Se uma proposta aceitável pôr fim à greve, não teremos como continuar aqui”, explicou José Murilo, que coordena o movimento grevista. Na lista das atividades que compõe a rotina de greve dos advogados, arquitetos e engenheiros da Caixa também está a assistência jurídica e técnica de arquitetos para as pessoas que passarem pelo local. É um movimento grevista e solidário.
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“Estamos aqui em resistência, reforçando o movimento grevista, enquanto ajudamos a população recebendo alimentos não perecíveis, água, roupas e tudo o que pode ser doado às vítimas das enchentes no Estado; e ainda oferecendo assistência técnica gratuita”, acrescenta. Além de levadas à Praça João Lisboa, as doações podem ser reunidas em cada unidade. As mesmas serão recolhidas por representante da comissão de arrecadação após contato pelos telefones 8111-0066 (André), 8806-0809 (Murilo) e 9119-3231 (Galvão).
Na última sexta-feira (08), a direção da CAIXA ameaçou, através da coordenadora Ana Telma Sobreira do Monte, ajuizar o Dissídio de Greve junto ao TST após a recusa da última proposta apresentada pelo banco. A informação é da CONTEC. Na avaliação do engenheiro José Murilo, a ameaça não preocupa os trabalhadores em greve. “Pelo contrário, acreditamos que eles estejam blefando. Isso nem seria ameaça e por isso reforça o nosso movimento. Seria bom levarmos ao conhecimento de instâncias superiores as distorções de nossa carreira”, enfatizou.
A CAIXA assumiu o compromisso de apresentar uma nova estrutura salarial para a carreira profissional de forma a corrigir todas as distorções hoje existentes e adequando os salários com base em pesquisa de mercado. Mas até agora todas as propostas apresentadas foram consideradas insatisfatórias. A greve nacional continua, agora reforçada pela adesão de supervisores em alguns estados do Brasil. Até a manhã desta segunda, não havia previsão de nova negociação com a direção do CAIXA. A Chapa 2 Democracia e Unidade pra Avançar apóia a luta dos profissionais de carreira da Caixa.

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