Caixa atropela debate com empregados
e inicia alterações unilaterais no PCC
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Medida ignora compromisso assumido pela empresa no
desfecho da campanha salarial do ano passado, recebendo
ainda o repúdio da Contraf/CUT - CEE/Caixa
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A direção da Caixa Econômica Federal deu um tiro no próprio pé ao tomar iniciativas extremamente danosas para o processo de discussão do Plano de Cargos Comissionados (PCC). A postura da empresa, aliás, deixa de lado compromissos assumidos no desfecho da campanha salarial do ano passado. As conseqüências podem ser irreparáveis.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e os sindicatos de bancários foram surpreendidos ontem com a divulgação de informações sobre alterações promovidas pela empresa nos normativos relacionados ao plano de carreira, sem ao menos comunicação prévia.
Com isso, as discussões e o calendário previsto para a formulação de propostas e para as negociações entre as partes foram atropelados. As alterações nos normativos estão interligadas a outros fatos igualmente perversos. Havia reunião marcada para a última segunda-feira, dia 22 de junho, na qual a empresa apresentaria à CEE/Caixa suas sugestões de mudanças nos normativos RH 060 e RH 040, mas o encontro foi desmarcado pela Caixa.
As mudanças no plano de carreira revelam a opção da empresa por interromper o diálogo e impor o que lhe interessa. De acordo com as primeiras informações, as mudanças em normativos são as mais diversas, incluindo itens relativos a cargos e atribuições (RH 060), a processos seletivos (RH 040), ao exercício de cargos em comissão (RH 022) e a cargos efetivos (RH 175).
O coordenador da CEE/Caixa e diretor de Finanças e Administração da Fenae, Jair Pedro Ferreira, afirma que as representações dos empregados estão analisando o real alcance das medidas, mas, de antemão, repudiam a atitude da direção da Caixa. O descaso completa-se com ofício da Caixa à Contraf/CUT, informando que a apresentação da proposta da empresa para o PCC, prevista para ocorrer em 30 de junho, terá que ser adiada para o dia 17 de julho.
“É muito grave essa atitude da empresa em relação aos empregados e suas entidades representativas, porque indica que a intenção é implantar unilateralmente o PCC, atitude que pode comprometer o processo de negociações permanentes, construído ao longo dos últimos anos”, ressalta Jair Pedro. Para o coordenador da CEE/Caixa, “é necessário que a direção da Caixa se pronuncie e deixe bastante claro o que de fato pretende”.
Dia Nacional de Luta em 8 de julho
A resposta dos empregados da Caixa às arbitrariedades da direção da empresa será dada em 8 de julho, com um Dia Nacional de Luta por um PCC digno e sem distorções nem injustiças. A mobilização foi aprovada na plenária nacional realizada no dia 16 de junho, em São Paulo (SP), com a participação de cerca de 150 delegados de todo o país. A plenária nacional definiu a proposta dos empregados para o PCC. Confira a integra das resoluções no portal www.fenae.org.br – seção “CEE/Caixa” – item “assuntos em discussão”.
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