terça-feira, 28 de julho de 2009

Bancários querem colocar medidas
por diversidade na convenção nacionalDirigentes sindicais bancários de todo o país assistiram nesta segunda, 27,
à apresentação do resultado completo do Mapa da Diversidade, retrato
detalhado sobre a presença de negros, mulheres e pessoas com deficiência nos bancos.
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A pesquisa foi apresentada pela Febraban na sede da Contraf-CUT."A pesquisa é um grande avanço, um bom diagnóstico da realidade da categoria em termos de igualdade de diversidade", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.
"É importante que o movimento sindical e as empresas construam soluções negociadas para garantir a inclusão de mulheres, negros e pessoas com deficiência nos bancos, e que essas medidas sejam incluídas na convenção coletiva da categoria", acrescenta.
Para Deise Recoaro, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, a divulgação dos dados é um momento histórico na discussão da diversidade no setor financeiro. "Nós bancários somos os maiores interessados na promoção da igualdade nos bancos e estamos apostando nesse processo. Queremos debater com as empresas e, olhando esses dados, criar medidas práticas que podem ser revolução nas relações de trabalho", afirma.
Discriminação
O Mapa da Diversidade, montado a partir de uma pesquisa respondida por 204.794 bancários de todo o Brasil (50% da categoria), revela que as mulheres ganham 78% dos salários dos homens e encontram mais obstáculos para a ascensão profissional.
Além disso, apenas 19,5% dos trabalhadores do sistema financeiros são negros ou pardos, que ganham, em média, 84,1% do salário dos brancos.
A discriminação é ainda maior em relação às mulheres negras: somente 8% delas conseguem emprego nos bancos.
Participação
Além de Carlos Cordeiro e Deise Recoaro, a mesa de abertura da apresentação contou com a presença de Magnus Apostólico, superintendente de Relações do Trabalho da Febraban, Raquel Kacelnikas, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, e Cida Bento, pesquisadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT). Fonte: Contraf-CUT.
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Crédito bancário sobe para 43,7%
do PIB em junho e bate novo recorde
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O Banco Central informou nesta terça-feira, dia 28, que o
volume de crédito ofertado pelos bancos subiu 1,3% em
junho deste ano, para R$ 1,27 trilhão, ou 43,7% do Produto
Interno Bruto (PIB), que é um valor sem precedentes.
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Em maio deste ano, segundo números revisados pelo BC, o volume do crédito bancário estava em R$ 1,26 trilhão, ou 42,8% do PIB.
A expectativa do Banco Central é de que o crédito bancário suba de 14% a 15% neste ano, chegando à marca de 45% do PIB no fim deste ano.
"A expansão do crédito vem no ritmo que esperávamos. Mas o crédito crescia a uma taxa muito elevada no ano passada", afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes. Ele lembrou que, em 2008, a expansão do crédito foi superior a 30%.
Apesar do aumento esperado no crédito, o volume ofertado pelos bancos, na proporção com o PIB, ainda estará abaixo de outros países, como Chile, México e Estados Unidos, que têm um volume de crédito bancário superior a 60% do PIB.Altamir Lopes, do BC, observou que o crédito para as pessoas físicas vem crescendo mais do que aquele para as empresas.
Em doze meses, segundo ele, o crédito para pessoa física subiu 20%, enquanto o volume de empréstimos para as empresas, com recursos livres, subiu 15%.
Entretanto, o crédito direcionado (no qual está inserido o BNDES, ou seja, que é tomado especialmente por empresas) subiu 25% em doze meses. Fonte: Alexandro Martello - G1.
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Estadão publica artigo do presidente da
Contraf-CUT sobre emprego nos bancos
O jornal O Estado de S.Paulo publicou nesta terça-feira,
dia 28, o artigo "Bancos andam na contramão do emprego",
do presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro da Silva.
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O texto destaca que "os bancos fecharam 1.364 postos de trabalho no primeiro trimestre deste ano", conforme pesquisa da Contraf-CUT em conjunto com o Dieese.
Para ele, "nada justifica a rotatividade que está sendo feita com a redução de salários e a discriminação das mulheres".
Segundo Carlos Cordeiro, "as demissões estão concentradas nos grandes bancos privados, principalmente em razão das fusões do Itaú-Unibanco e Santander-Real, contrariando os compromissos assumidos publicamente pelos presidentes dessas empresas de que não haveria fechamento de postos de trabalho".
Na opinião do presidente da Contraf-CUT, "os bancos, que gastam milhões de reais para propagandear responsabilidade socioambiental, mostram que não fizeram a lição de casa, dando um mau exemplo para a sociedade".
Ao final do artigo, Carlos Cordeiro ressalta que "está na hora de os bancos pararem de andar na contramão e fazer a sua parte para manter postos de trabalho e gerar novos empregos, além de baratear o crédito e baixar juros, tarifas e spread. O Brasil só vai caminhar para frente com emprego, distribuição de renda e desenvolvimento".
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Leia a íntegra do artigo de Carlos Cordeiro:
Bancos andam na contramão do emprego
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Os clientes e a população possuem razões de sobra para reclamar das filas intermináveis nos bancos. Faltam cada vez mais funcionários para agilizar o atendimento, enquanto sobram caixas eletrônicos nas salas inseguras de autoatendimento.
Isso porque as instituições financeiras têm fechado postos de trabalho, principalmente nas regiões Sudeste e Sul, ao invés de gerar empregos.Segundo pesquisa inédita de emprego no sistema financeiro, lançada recentemente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) em conjunto com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os bancos fecharam 1.364 postos de trabalho no primeiro trimestre deste ano.
Eles desligaram 8.236 bancários e contrataram apenas 6.882. É uma inversão do que ocorreu no ano passado, quando houve um aumento de 3.139 vagas no mesmo período. Esse primeiro resultado, que as duas entidades passarão a divulgar trimestralmente sobre a evolução do emprego nas instituições financeiras, toma por base os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
As demissões estão concentradas nos grandes bancos privados, principalmente em razão das fusões do Itaú-Unibanco e Santander-Real, contrariando os compromissos assumidos publicamente pelos presidentes dessas empresas de que não haveria fechamento de postos de trabalho. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) do Ministério da Justiça, que aprovou as fusões, precisa dizer para a população quais foram as contrapartidas sociais.
Os números somente não foram piores porque houve mais contratações nos bancos públicos, especialmente no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal. Mas ainda há carência de pessoal para acabar com as filas, o que tem motivado a Contraf-CUT e os sindicatos, em parceria com outras entidades representativas, a fazer mobilizações, como a campanha "Mais empregados para a Caixa, mais Caixa para o Brasil".Além da redução do emprego, está havendo também uma diminuição na remuneração média dos trabalhadores. Os desligados no primeiro trimestre recebiam remuneração média de R$ 3.939,84.
Já os contratados têm salários médios de R$ 1.794,46, o que representa uma diferença de 54,45%, isto é, menos da metade. É a velha política da rotatividade para baixar salários e aumentar lucros.Os números revelam também que, em vez de avanços na igualdade de oportunidades, cresceu a discriminação contra as bancárias. Os bancos pagaram às mulheres contratadas menos do que aos homens.
O salário médio das trabalhadoras admitidas no período foi de R$ 1.535,34, enquanto a remuneração média dos homens chegou a R$ 2.022,56 - uma diferença de 24,09% em prejuízo das bancárias. Os bancos, que gastam milhões de reais para propagandear responsabilidade socioambiental, mostram que não fizeram a lição de casa, dando um mau exemplo para a sociedade.
E recursos financeiros não faltam para esse setor da economia. Mesmo com a crise mundial, os lucros seguem invejáveis. No primeiro trimestre deste ano, os 50 maiores bancos lucraram R$ 7,5 bilhões, segundos dados do Banco Central.
Nada justifica, portanto, a rotatividade que está sendo feita com a redução de salários e a discriminação das mulheres. Um dos dispositivos defendidos pelos trabalhadores para frear essa rotatividade é a ratificação do Brasil à Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que dificulta a demissão imotivada.
Aliás, a facilidade dos bancos em dispensar empregados, especialmente aqueles com mais tempo de trabalho e com maior remuneração, o que exige o pagamento de indenizações mais elevadas, rasga o discurso patronal de flexibilizar a legislação trabalhista para reduzir os encargos previstos para a rescisão de contratos.
Como se não bastasse, nenhuma medida foi anunciada pelos bancos para reduzir as premiações e os bônus, muitas vezes milionários, concedidos para um punhado de executivos.Mas, acima de tudo, está na hora de os bancos pararem de andar na contramão e fazer a sua parte para manter postos de trabalho e gerar novos empregos, além de baratear o crédito e baixar juros, tarifas e spread. O Brasil só vai caminhar para frente com emprego, distribuição de renda e desenvolvimento.
Carlos Cordeiro da Silva
Presidente da Contraf-CUT
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Lula confirma participação no Congresso
Nacional da CUT na próxima semana
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O presidente Lula disse aceitar o convite feito pela Central ao encontrar-se com o presidente da CUT, Artur Henrique, durante o ato de lançamento do projeto Vale Cultura, na noite da última quinta-feira, na capital paulista.
O 10º Congresso Nacional da CUT acontece entre os próximos dias 3 e 7 de agosto, em São Paulo. O gabinete da Presidência da República ainda vai confirmar o dia e horário de participação de Lula. No dia 6 de agosto, Lula estará em São Luís do Maranhão.
Em 2003, o recém-eleito Lula participou do 8º Congresso Nacional da CUT, realizado no Anhembi. Lula é um dos fundadores da CUT e é filiado ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Com informações da CUT
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Folha:
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Recessão no Brasil acabou
em maio, avaliam bancos
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A recessão brasileira terminou em maio. Após dois trimestres seguidos de retração, que caracterizaram recessão técnica no país, a economia brasileira voltou a se expandir exatamente no centro do segundo trimestre, de acordo com diferentes estudos dos bancos Bradesco e Itaú Unibanco.
Segundo o Bradesco, com os dados até maio, o PIB do segundo trimestre já apontava um crescimento de 1,7% em relação aos primeiros três meses deste ano. Até abril, os resultados eram negativos. Já os economistas do Itaú Unibanco detectaram em maio uma alta de 2,3% do PIB em relação a abril, o que também sugere a primeira expansão trimestral da economia após a crise.
Os dados fazem parte de uma nova pesquisa, que segue a metodologia do IBGE, para estimar o PIB mensal, já livre de efeitos sazonais.
Em abril, a pesquisa apurara retração de 0,7% em relação a março.
Para Octavio de Barros, diretor de pesquisas do Bradesco, os números mostram que o Brasil foi um dos primeiros países do mundo a sair da crise. A recessão é caracterizada tecnicamente por economistas com dois trimestres seguidos de retração.
De acordo com o IBGE, a economia encolheu 0,8% no primeiro trimestre e 3,6% no último trimestre de 2008. Segundo Barros, a saída do Brasil da recessão é algo para ser comemorado, mas que era previsível dados os sinais de que o país e alguns emergentes sairiam antes da crise por conta de seus grandes mercados domésticos.
"A ação do governo foi importante para a recuperação, principalmente a atuação dos bancos públicos", disse ele. Desde janeiro, o levantamento do PIB mensal do Itaú Unibanco mostra uma recuperação lenta da economia. A novidade em maio foi que o indicador do Itaú se expandiu de forma mais vigorosa.
"Do jeito que as coisas estão caminhando, não só teremos crescimento, como um crescimento bem positivo [no segundo trimestre]. A gente captou uma coisa que não se via antes. Tínhamos vários indicadores mensais, como produção industrial e dados do varejo, mas que não davam o quadro completo", afirmou Ilan Goldfajn, economista-chefe do Itaú Unibanco.
Na previsão do Itaú, o PIB deve ter crescido entre 1,5% e 2% no segundo trimestre de 2009 em relação ao período anterior. Para o Bradesco, a alta pode ser de até 2,2%. Apesar da recuperação a partir de maio, o PIB deste ano ainda deve registrar queda de pelo menos 0,5%, em razão da forte desaceleração do início do ano.
2010
Para 2010, as previsões são bastante otimistas, de crescimento superior a 4%, de acordo com o Bradesco. Os dados desagregados do indicador calculado pelo Bradesco mostram que a demanda doméstica foi a responsável pelo desempenho favorável, enquanto o setor externo ajudou a jogar a atividade para baixo.
Para Aurélio Bicalho, economista do Itaú, a redução das alíquotas de IPI para o setor automobilístico foi um dos propulsores do crescimento entre abril e junho. Ele afirma que o incentivo levou a indústria a uma expansão mensal média de 1,5% de janeiro a maio --excluindo o setor, a variação recua para 0,6% ao mês.
O segundo fator da recuperação foi o ajuste nos estoques da indústria. Isso porque, no início da crise, a produção caiu mais rapidamente do que a demanda, como uma reação para impedir uma formação indesejada de estoques.
Com a recuperação da demanda, a indústria teve de voltar a produzir mais para não ter problemas de entrega. "E isso ocorreu entre abril e junho, elevando a taxa de crescimento da produção industrial", disse Bicalho.
O segundo fator foi o ajuste nos estoques da indústria. Finalmente, houve uma recuperação de volumes exportados e preços das commodities, com a retomada da demanda chinesa.
A previsão é que as exportações sigam como principal fator de recuperação no segundo semestre. Para o Itaú, os indicadores de junho já divulgados mostram recuperação da economia em diversos setores, com destaque para vendas no varejo e para a produção industrial.
Na avaliação do banco, o crescimento verificado no segundo trimestre de 2009 pode ser até em ritmo mais vigoroso do que a média vista no período anterior à crise. Por outro lado, a expectativa é a de que, na segunda metade do ano, esse ritmo se desacelere novamente.
Fonte: Folha de São Paulo
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CEE/Caixa debate realização de
mobilização nacional pelo novo PCC
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Um dos focos da reunião que a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) realiza em São Paulo (SP), nesta quarta-feira, dia 29 de julho, a partir das 14h, é a intensificação da luta por um Plano de Cargos Comissionados (PCC) digno e sem distorções nem injustiças, conforme deliberação aprovada em plenária nacional específica, ocorrida em 16 de junho.
No encontro desta quarta-feira, a CEE/Caixa deverá aprovar a realização de uma mobilização nacional pelo novo PCC, uma vez que a empresa não cumpriu até agora o compromisso que assumiu perante os trabalhadores, de apresentar sua proposta sobre o Plano de Cargos Comissionados.
A data inicialmente prevista era 30 de junho, o que não aconteceu. O processo de mobilização em torno do novo PCC deve ser intensificado pelas entidades sindicais e associativas, pois no entendimento da Contraf/CUT – CEE/Caixa só com muita pressão os empregados vão arrancar da direção da Caixa mais essa conquista.
Além do novo PCC, a pauta da reunião da CEE/Caixa inclui ainda a campanha salarial nacional 2009 dos bancários (mesa específica). Os membros da Comissão Executiva dos Empregados devem confirmar presença ou justificar ausência pelo e-mail isabel@contrafcut.org.br.
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Banco Central mostra que concentração
bancária aumenta no Brasil em 2008
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Entre junho e dezembro do ano passado, segundo escala de avaliação do Banco Central, a concentração bancária no Brasil subiu mais um degrau. Passou de baixa para moderada, subindo de 0,0903 para 0,1263, numa métrica em que, quanto maior o número, maior a concentração.
Entre os fatores para essa alta, o BC aponta as fusões e aquisições e a venda das carteiras de crédito dos bancos menores para os grandes. Para medir a concentração bancária no país, o Banco Central utilizou o índice Herfindahl-Hirschman, considerado uma das ferramentas mais importantes de análise pelos órgãos de defesa da concorrência.
Em 2008, a alta registrada no Brasil levou a que esse índice rompesse a fronteira que separa mercados de baixa daqueles com moderada concentração. Foram calculados, no caso brasileiro, não só critérios relativos a ativos, mas também operações de crédito e depósitos. E, mesmo antes da crise financeira global estourar, o nível de concentração já havia passado de baixa para moderada.
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Banco Central mostra que concentração
bancária aumenta no Brasil em 2008
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Entre junho e dezembro do ano passado, segundo escala de avaliação do Banco Central, a concentração bancária no Brasil subiu mais um degrau. Passou de baixa para moderada, subindo de 0,0903 para 0,1263, numa métrica em que, quanto maior o número, maior a concentração.
Entre os fatores para essa alta, o BC aponta as fusões e aquisições e a venda das carteiras de crédito dos bancos menores para os grandes. Para medir a concentração bancária no país, o Banco Central utilizou o índice Herfindahl-Hirschman, considerado uma das ferramentas mais importantes de análise pelos órgãos de defesa da concorrência.
Em 2008, a alta registrada no Brasil levou a que esse índice rompesse a fronteira que separa mercados de baixa daqueles com moderada concentração. Foram calculados, no caso brasileiro, não só critérios relativos a ativos, mas também operações de crédito e depósitos. E, mesmo antes da crise financeira global estourar, o nível de concentração já havia passado de baixa para moderada.

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