Funcionário do Banco do Brasil não
deve ser um vendedor de sonhos
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O Sindicato dos Bancários de Brasília tem recebido nos últimos dias denúncias de funcionários do Banco do Brasil reclamando da mudança de comportamento de alguns gestores após participarem de reunião com a nova diretoria do BB.
Segundo bancários relataram ao Sindicato, a palavra de ordem dentro da instituição agora é vender, fazendo cumprir o que "reza" o edital do concurso público para admissão nos quadros do banco, numa completa distorção do que o movimento sindical considera ser a missão do BB.
"Defendemos um banco para o Brasil e não um estabelecimento que venda ilusões, como acontece quando se comercializa títulos de capitalização, por exemplo, que são vendidos em substituição à formação de poupança pessoal tradicional", diz o diretor do Sindicato, Eduardo Araújo.
"Os créditos, tanto imobiliário quanto rural, com recursos da poupança são fundamentais para o desenvolvimento do país", completa. Dados do último resultado publicado pelo BB dão a dimensão do tamanho do esforço e estresse por que os funcionários passam para vender produtos de seguridade, previdência e capitalização.
Considerando o desempenho consolidado no primeiro trimestre de 2009, o resultado desses produtos foi equivalente a 2,11%, contra 1,60% no mesmo período do ano passado, o que leva o Sindicato a questionar por que tanto empenho do BB para crescer no mercado de seguridade em detrimento do exercício de funções mais nobres, que podem fortalecer a economia e ajudar no desenvolvimento do país.
"O BB deve valorizar o item das atividades previstas no edital do concurso público para escriturário que fala em 'execução de outras tarefas inerentes ao conteúdo ocupacional do cargo, compatíveis com as peculiaridades do Banco do Brasil S.A'", defende o presidente do Sindicato, Rodrigo Britto.
Fonte: Seeb Brasília
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