sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Em busca da
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Porto Seguro
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Bradesco Marcou

Bradesco queria o controle da Porto Seguro.
A intenção pode ter motivado o fracasso das negociações
para uma associação entre os dois conglomerados
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A intenção do Bradesco em ficar com o controle acionário da Porto Seguro pode ter motivado o fracasso das negociações para uma associação entre os dois conglomerados. Foi o que deu a entender, hoje, o presidente da Porto Seguro, Jayme Brasil Garfinkel, que anunciou uma parceria, na qual será majoritário, com o Itaú Unibanco.
"Nós tínhamos uma construção de uma governança onde queríamos uma forma de controle sobre as operações de ramos elementares e o Bradesco entendia de outra forma", disse Garfinkel, após ser questionado sobre o que teria dado errado nas negociações com o banco.
Diante do insucesso com o Bradesco - Garfinkel admitiu que foi ele que procurou o banco -, a Porto Seguro passou a negociar com o Itaú Unibanco.
Após uma reunião ocorrida no último dia 14, com Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, Garfinkel disse ter ficado "encantado" com a visão dos dois banqueiros sobre a parceria que acabou sendo fechado em menos de duas semanas.
"O Itaú Unibanco reconheceu a forma como queríamos conduzir o negócio. Foi muito simples e razoável", disse o presidente da Porto Seguro. "Houve uma identidade de valores, de como se faz uma parceria", afirmou Setubal.
Apesar de não apresentar cláusulas prevendo o aumento de participação futura de ambas as partes, a sociedade prevê direito de preferência para o Itaú Unibanco caso os controladores da Porto Seguro decidam sair do negócio. O
mesmo vale para o caso de o banco desistir da parceria.
A associação com o Itaú Unibanco, fechada após negociação frustrada com o Bradesco, deixa clara a estratégia da Porto Seguro de buscar no balcão de um grande banco de varejo a expansão dos seus negócios.
Com a carteira do Itaú Unibanco, a seguradora passará a ter R$ 2,32 bilhões em prêmios auferidos de seguros de automóveis, 45% a mais que antes do negócio.
Os prêmios de seguros residenciais passarão de R$ 41 milhões para R$ 198 milhões e o patrimônio líquido de R$ 2,10 bilhões para R$ 3,05 bilhões.
Os executivos informaram que as marcas dos seguros permanecerão as mesmas - Itaú Unibanco, Porto Seguro e Azul -, mas não descartaram uma integração maior dos produtos no futuro. (Valor)

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