Artigo
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A coragem do confronto
A coragem do confronto
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Por Ney Sá*
Por Ney Sá*
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Há momentos que o confronto é inevitável. Isso não significa necessariamente ruptura. Muitas vezes o enfrentamento traz crescimento, mudança até de paradigma.
Em outras palavras, confrontar pode ser saudável. Não se pode perder de vista a ética, porém, o respeito e os valores humanos. Confronto não é barbárie.
Em toda relação há tensionamento. Ele se agudiza quando interesses não convergem. Na relação capital X trabalho não é diferente. Embora ambos propugnem por ganhos, a matriz destes objetivos são inconciliáveis.
Os lucros perseguidos pelo capital, a acumulação e a concentração da riqueza preconizados pelo modelo capitalista carece de uma visão equilibrada de inclusão social. Engendra o próprio germe da sua corrosão: desigualdade, pobreza, violência.
O capitalismo é uma subversão da ordem natural, cujo foco deveria ser o homem, não o lucro. Mas a história testemunha o contrário.
Ao trabalhador cabe o inconformismo como chave de mudança. O trabalho, em nossa sociedade, tem se amoldado aos ditames do capital, se dobra ao poder empresarial e ao Estado e segue, muitas vezes, como fonte de frustração. Paradoxal e dicotômica, porque a ausência de trabalho é ainda mais frustrante e, sem sombra de dúvida, desumana. Assim, o resgate da capacidade de indignar-se é fundamental.
O trabalho é sem dúvida fonte de criação, força que impulsiona a humanidade. O capitalismo é arranjo histórico, criado pela força, na falta de capacidade inventiva mais brilhante daqueles que até hoje detiveram o poder.
Por sobre todos os mecanismos de distração habilmente desenhados e implementados pelo capital – haja vista a próspera indústria do entretenimento -, o desafio ao trabalhador é grande: romper as malhas do entorpecimento, enfrentar o poder do capital, enfrentar a si próprio, reconhecer-se como homem, ousar lutar, ousar vencer.
A campanha salarial dos bancários
Em toda relação há tensionamento. Ele se agudiza quando interesses não convergem. Na relação capital X trabalho não é diferente. Embora ambos propugnem por ganhos, a matriz destes objetivos são inconciliáveis.
Os lucros perseguidos pelo capital, a acumulação e a concentração da riqueza preconizados pelo modelo capitalista carece de uma visão equilibrada de inclusão social. Engendra o próprio germe da sua corrosão: desigualdade, pobreza, violência.
O capitalismo é uma subversão da ordem natural, cujo foco deveria ser o homem, não o lucro. Mas a história testemunha o contrário.
Ao trabalhador cabe o inconformismo como chave de mudança. O trabalho, em nossa sociedade, tem se amoldado aos ditames do capital, se dobra ao poder empresarial e ao Estado e segue, muitas vezes, como fonte de frustração. Paradoxal e dicotômica, porque a ausência de trabalho é ainda mais frustrante e, sem sombra de dúvida, desumana. Assim, o resgate da capacidade de indignar-se é fundamental.
O trabalho é sem dúvida fonte de criação, força que impulsiona a humanidade. O capitalismo é arranjo histórico, criado pela força, na falta de capacidade inventiva mais brilhante daqueles que até hoje detiveram o poder.
Por sobre todos os mecanismos de distração habilmente desenhados e implementados pelo capital – haja vista a próspera indústria do entretenimento -, o desafio ao trabalhador é grande: romper as malhas do entorpecimento, enfrentar o poder do capital, enfrentar a si próprio, reconhecer-se como homem, ousar lutar, ousar vencer.
A campanha salarial dos bancários
Assim como de qualquer categoria de trabalhadores, é a hora e a vez do questionamento. É um direito e uma oportunidade de confrontar, de questionar o modelo imposto pelo capital. É legítima, justa e necessária.
Não se trata apenas de salário – a moeda, o sangue que irriga a sociedade de consumo -, os trabalhadores lutam para que sua voz e sua vontade possam fazer diferença no modelo de sociedade que construímos coletivamente.
É, portanto, um momento de afirmação, de posicionamento e de combate, em que estão em jogo qualidade de vida, mudança de valores e a própria marcha do processo civilizatório.
*Ney Sá é jornalista, editor do programa Agência Cidadania e da revista Luta Médica.
É, portanto, um momento de afirmação, de posicionamento e de combate, em que estão em jogo qualidade de vida, mudança de valores e a própria marcha do processo civilizatório.
*Ney Sá é jornalista, editor do programa Agência Cidadania e da revista Luta Médica.
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