segunda-feira, 28 de setembro de 2009

CAIXA
Greve atinge 4.791 agências e
deve se ampliar nesta segunda-feira.
Comando cobra negociação à Fenaban.
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De acordo com avaliação feita pelo Comando Nacional dos Bancários no sábado, 26 de semtebro, a greve deflagrada no dia 24 surpreendeu pela força e amplitude, sobretudo nos bancos privados.
O movimento apresentou grande um êxito nos dois primeiros dias, por todo o país, e está forte nesta segunda-feira.
Levantamento da Contraf-CUT a partir das informações dos 134 sindicatos de bancários do país demonstra que a greve cresceu na sexta-feira, paralisando 4.791 agências. No primeiro dia os sindicatos haviam informado o fechamento de 2.881 unidades.
O crescimento de um dia para outro foi, portanto, 65,9%. Segundo Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador do Comando Nacional, “a grande adesão à paralisação demonstra que os bancários estão indignados com o abuso dos bancos e não vão deixar se intimidar diante de tentativas de cerceamento do direito de greve e nem mesmo diante da repressão policial”.
Ao invés de negociar, os bancos estão abusando da utilização do interdito proibitório para impedir o direito legítimo de greve assegurado pela Constituição.
Neste ano, no entanto, muitos juízes estão negando a concessão do interdito por entenderem que esse instrumento jurídico é inadequado para os conflitos trabalhistas - tese defendida pela CUT e demais entidades sindicais.
"O interdito possessório, para se justificar, só teria sentido pela ameaça do direito de propriedade do banco autor. Contudo, o direito dos empregados de entrarem, aderirem à greve, ou não, não pode se tratado como um direito de propriedade", despachou o juiz Marcel da Costa Roman Bispo, da 20ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, ao negar o segundo pedido do Bradesco na capital fluminense, na sexta-feira, dia 25.
Na reunião de sábado, o Comando decidiu também enviar ofício à Fenaban cobrando a retomada das negociações a partir desta terça-feira e reafirmando as reivindicações da categoria por aumento real de salário, PLR maior, valorização dos pisos, política de preservação dos empregos e mais contratações, melhores condições de saúde, segurança e trabalho, combate às metas abusivas e ao assédio moral, auxílio-educação e plano de previdência complementar para todos.
Nesta segunda-feira, o Comando também enviará carta às direções dos bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia e BNB) cobrando a retomada das negociações específicas

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