quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Prefeitura de São Luís firma parceria com
BB para reduzir juros de empréstimosA partir de agora, o servidor público municipal vai poder refinanciar antigos empréstimos e efetivar novos contratos de financiamentos bancários pagando uma taxa de juros de apenas 1,7% ao mês.
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A iniciativa é resultado de um protocolo de intenções assinado nesta quarta-feira (09) entre o prefeito de São Luís, João Castelo, e o Banco do Brasil (BB), representado no ato pelo superintendente estadual da instituição, Carlos Alberto Ramos Silva.
O acordo de cooperação mútua firmado entre a administração municipal e o BB estabelece uma redução de 2,70% para 1,70% na taxa mensal de juros e um alongamento do prazo para pagamento do débito, que poderá ser estendido a até 72 meses.
A iniciativa vai beneficiar tanto servidores em dívida com o banco, como também os funcionários municipais que contraíram empréstimos consignados com outros agentes financeiros, permitindo a estes fazerem a migração contratual da sua dívida para o BB a uma taxa de juros menor que as praticadas atualmente no mercado local.
Segundo Castelo, esta é mais uma ação de valorização do servidor público municipal, realizada com o objetivo de criar condições mais vantajosas para o funcionário efetivar empréstimos financeiros com taxas menores ou quitar sua dívida com valores mais condizentes à sua realidade.

O prefeito afirmou, também, que a iniciativa representa um grande avanço nas relações entre a administração municipal, o servidor público e o Banco do Brasil, uma das mais respeitadas instituições financeiras do país.
“O nosso objetivo é beneficiar, principalmente, a população de menor renda, para que esta usufrua dos créditos com melhores condições e obtenha um ganho financeiro maior”, frisou Castelo.
Manutenção de créditos
Segundo o superintendente estadual do Banco do Brasil, Carlos Alberto Ramos, a iniciativa coincide com o momento do BB, que está estabelecendo a redução das taxas e a manutenção dos créditos em suas agências.
“Desde o início, João Castelo demonstrou interesse em firmar essa parceria com a nossa instituição para proporcionar ao servidor municipal condições melhores para a aquisição de créditos financeiros e facilitações no pagamento dos mesmos”, disse o superintendente.
A título de exemplo, o superintendente explicou que, se um servidor tiver uma dívida de R$ 5 mil, ao migrar para o Banco do Brasil e converter esse débito para as condições estabelecidas pelo acordo, ele poderá ter uma redução de mais de R$ 2 mil, pois as taxas de juros em outras instituições financeiras ultrapassam o patamar de 3% a.m.
O superintendente salientou ainda que, além do benefício da redução das taxas e do alongamento dos prazos para até 72 meses, a ação representa também uma forma de educação financeira aliada a uma economia nos rendimentos do servidor.
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Contraf-CUT responde artigo da
Fenaban publicado no jornal O Globo
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O presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, respondeu nesta terça-feira, dia 8, ao artigo do negociador da Fenaban, Magnus Apostólico, publicado no jornal O Globo.
A resposta foi dada sob forma de artigo intitulado "A irresponsabilidade social dos bancos".
"Em vez de escrever artigos para jornais com afirmações distorcidas, que agridem o movimento sindical e não ajudam o processo negocial, o negociador da Fenaban deveria agilizar a formulação de propostas para construir o acordo nacional com os trabalhadores", destaca o dirigente sindical.
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Leia a íntegra do artigo de Carlos Cordeiro:
A irresponsabilidade social dos bancos
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A Fenaban desperdiçou uma boa oportunidade para reconhecer os erros do sistema financeiro e apresentar propostas para mudar a relação dos bancos com a sociedade, valorizar os bancários, melhorar o atendimento aos clientes e à população e colocar em prática o discurso de responsabilidade social.
É o que podemos deduzir nitidamente do artigo "Dentro dos bancos", do superintendente de relações do trabalho e negociador da Fenaban, Magnus Apostólico, publicado por O Globo no dia 1º de setembro, véspera da terceira rodada de negociações com o Comando Nacional dos Bancários, em resposta ao artigo "Por trás das filas", assinado por mim e veiculado pelo mesmo jornal no último dia 10 de agosto.
A réplica dos banqueiros não explica os resultados negativos da pesquisa de emprego nos bancos, elaborada trimestralmente pela Contraf-CUT e Dieese. Enquanto as 21 maiores instituições financeiras do país lucraram R$ 14,3 bilhões no primeiro semestre deste ano, os bancos desligaram 15.459 bancários e contrataram apenas 13.235, o que significa o fechamento 2.244 postos de trabalho no mesmo período, o que é injustificável para o setor mais lucrativo da economia e que não foi afetado pela crise mundial.
O levantamento mostra que os bancos, sobretudo os privados, descartam trabalhadores com salários maiores e admitem novos com remuneração inferior. É a velha política da rotatividade para baixar custos e turbinar lucros. Muitos demitidos possuem formação acadêmica às custas dos próprios bancários, pois há bancos, inclusive na mesa de negociações, que ainda se negam a conceder bolsas de estudo.
Essa realidade contrasta frontalmente com a afirmação do porta-voz da Fenaban, para quem "nenhum setor econômico oferece carreira tão atrativa e ágil como o fazem os bancos". Se fosse assim, os bancos teriam Planos de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), com critérios justos e transparentes.Aliás, também não procede outra afirmação do representante dos banqueiros de que "os bancos, públicos e privados, ampliam os créditos e financiam a recuperação econômica".
Na verdade, quem garantiu crédito para o enfrentamento da crise foram as instituições públicas, que reduziram juros e spread, sob protestos do presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setúbal. Os bancos privados obtiveram uma série de regalias do Banco Central, como a liberação dos depósitos compulsórios, mas retiveram os recursos para investir em títulos públicos, em vez de oferecerem crédito para alavancar a economia.
Por essas e outras, uma das reivindicações centrais dos bancários é a preservação do emprego, a ampliação das contratações, o fim das terceirizações e a aplicação das regras da Convenção 158 da OIT, que proíbe demissões imotivadas. Isso significa que a proposta dos bancos às reivindicações da categoria não pode ser meramente econômica, mas deve incluir emprego, saúde, segurança, igualdade de oportunidades e melhores condições de trabalho.
O negociador da Fenaban se vangloria que os bancários são a única categoria no Brasil que possui uma convenção coletiva válida para os trabalhadores de todos os bancos. Faltou dizer que essa é uma das grandes conquistas dos bancários, alcançada em décadas de lutas com mobilizações e greves. O primeiro acordo nacional, englobando bancos privados e estaduais, foi assinado em 1992. Os bancos federais passaram a subscrever a convenção em 2006, consolidando a unidade da categoria.
O coordenador das negociações da Fenaban admite que o sucesso dos bancos deve-se à "qualidade dos profissionais que informam a atividade bancária". Suas palavras, no entanto, contradizem a postura dos bancos na mesa de negociações, uma vez que até agora se recusam a distribuir parte de seus lucros astronômicos e atender as justas reivindicações dos trabalhadores, que pedem aumento real, proteção do emprego, mais contratações, valorização do piso salarial, novo modelo de PLR, fim do assédio moral e das metas abusivas e segurança contra assaltos e sequestros.
Ao final do artigo, o representante patronal queixa-se que "enquanto outros sindicatos de trabalhadores lutam para conseguir unidade com os seus empregadores, a Contraf não precisa se preocupar senão em denegrir a imagem dos bancos e da própria categoria bancária". Em nenhum momento, nós usamos a palavra "denegrir" em nossos textos, em nome da coerência de nossa luta histórica pela abolição de qualquer manifestação de preconceito e discriminação. Além do mais, não atacamos as instituições, mas sim mostramos os abusos praticados com os trabalhadores, os clientes e a sociedade e cobramos respeito e responsabilidade social.
Desta forma, a principal missão da Contraf-CUT é defender de forma intransigente a dignidade, o bem-estar e os direitos dos trabalhadores do ramo financeiro, desrespeitados no dia-a-dia pelos bancos e desvalorizados na mesa de negociações. Ao mesmo tempo, a entidade nacional da categoria luta pela regulamentação do sistema financeiro, estimulando o seu papel social e indutor do desenvolvimento.
Por fim a Fenaban, através do seu negociador, poderia utilizar melhor o seu tempo. Em vez de escrever artigos para jornais com afirmações distorcidas, que agridem o movimento sindical e não ajudam o processo negocial, deveria agilizar a formulação de propostas para construir o acordo nacional com os trabalhadores. Para nós, responsabilidade social começa em casa e está na hora de os bancos valorizar quem constrói os seus lucros e os resultados, ampliar e baratear o crédito e prestar serviços mais acessíveis para a sociedade.
Carlos CordeiroPresidente da Contraf-CUT
Fonte: Contraf-CUT
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Bancários pressionam e Dest autoriza
Caixa a contratar 2.200 novos empregados
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A pressão dos empregados para que o quadro de funcionários da Caixa seja ampliado para 100 mil trabalhadores concursados vem trazendo resultados positivos. A Caixa divulgou hoje, 4 de setembro, durante a negociação específica entre o Comando Nacional dos Bancários, a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) e a empresa, que o Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest) autorizou a contratação de mais 2.200 empregados.
Apesar de estar abaixo das expectativas da categoria, a ampliação do número de contratações é considerada um avanço dos empregados da Caixa, que vêm promovendo em todo o país campanhas, manifestações e coleta de assinaturas para alcançar 100 mil empregados concursados na empresa. A pressão deve continuar até que a reivindicação seja totalmente atendida pela Caixa, que atualmente tem em seu quadro apenas 82 mil empregados concursados.
Na negociação também foram discutidas as pendências relacionadas ao Saúde Caixa. A comissão dos empregados reivindicou avaliação do atual método de custeio do plano de saúde e da remuneração sobre o Fundo de Reserva, de modo a aprimorar a aplicação dos recursos. Foram cobradas também a implantação do Plano Família, a criação de representações do Saúde Caixa e Saúde do Trabalhador em todas as unidades da Federação bem como subsídios para medicação em caso de patologias graves.
A Caixa ficou de apresentar um retorno sobre esses temas nas próximas reuniões. A extensão do Saúde Caixa para os aposentados que saíram do PADV também foi reivindicada pela Comissão dos Empregados, mas a empresa já sinalizou que não vai atender esta reivindicação.
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Comando Nacional dos Bancários e
Caixa voltam a negociar nesta sexta-feira
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Reunião discute itens relacionados à Funcef/aposentados, isonomia entre novos e antigos empregados, democratização da gestão e outros temas
Está confirmada para o dia 11 de setembro, próxima sexta-feira, às 10h, em Brasília/DF (Hotel San Marco), a terceira rodada de negociação específica da campanha salarial de 2009, envolvendo o Comando Nacional dos Bancários, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e a Caixa Econômica Federal.
Nessa reunião serão discutidos os itens relacionados à Funcef/aposentados, isonomia entre novos e antigos empregados, democratização da gestão e outros temas. Para preparar o encontro com a empresa, a CEE/Caixa estará reunida nesta quinta-feira, dia 10 de setembro, a partir das 15h, na sede da Fenae.
Na seqüência, no dia 22 de setembro, o Comando Nacional dos Bancários e os representantes da empresa negociam o Plano de Cargos Comissionados (PCC), o Plano de Cargos e Salários (PCS) e a jornada de trabalho.

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