sexta-feira, 23 de outubro de 2009

AFBNB SUGERE CONTINUIDADE DA GREVE

Em contato telefônico mantido agora às 18h, com o coordenador da Comissão Nacional dos Funcionários, nos foi informado que não haverá reunião com o Banco no dia de hoje e que a reunião ocorrerá somente na segunda-feira (26).
Diante do quadro, conforme indicamos na nota anterior, o caminho é a manutenção da greve até que se tenha uma negociação séria. A assembléia da Bahia já deliberou pela continuidade da greve e nova assembléia na próxima segunda-feira. Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e Alagoas também reafirmam a continuidade da greve.
Amanhã (23), a AFBNB informará os resultados das demais assembléias. A diretoria da Associação vai manter o plantão em Fortaleza na sexta, sábado e domingo, caso o Banco resolva realizar a negociação.
As assembléias demonstram a insatisfação acumulada no seio do funcionalismo e que tentativas de atropelar a autonomia das entidades sindicais não serão toleradas. Fonte: AFBNB

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Quem gosta de greve, Presidente?

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.Após 28 dias, os bancários da Caixa Econômica aceitaram a proposta e saíram da greve. No Banco do Nordeste as assembléias decidiram pela continuidade, pela ausência de propostas por parte da Direção do Banco.

Ontem, a imprensa cearense noticiou a ida do presidente do BNB a Brasília e o montante de aplicações feitas pelo Banco, supostamente comprometidas devido à greve.

Segundo o jornal O Estado, Roberto Smith “lamentou” que: “Infelizmente a greve dos bancários do BNB ainda perdura nos demais estados nordestinos e isso é muito ruim para o banco, que deixa de realizar grandes negócios e até mesmo aplicações”.

Não, senhor presidente. A greve em toda sua história construiu a democracia moderna, evitou o aviltamento da dignidade dos trabalhadores e de suas condições sociais de vida. Porque quando as autoridades desdenham pela omissão ao movimento, cabe-lhes a responsabilidade das conseqüências da greve.

Afinal, senhor presidente, nenhuma greve no mundo capital/trabalho aconteceu para favorecer o capital (patrão).Em determinados momentos da história de nossas lutas sociais, as greves até salvaram nossas instituições dos ataques da artilharia neoliberal.

O grande exemplo foram as greves reivindicatórias e de resistência dos PROFESSORES DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS BRASILEIRAS. Foram, por acaso, ruins para o país? A história recente comprovou o contrário. Mas, quem gosta de greve, senhor presidente? Acaso os trabalhadores estão fazendo greve por brincadeira?

Nós é quem temos muito a lamentar: lamentamos a omissão e negligência do Banco, que só agora – passado quase um mês do início da greve – vai a Brasília negociar com as instâncias superiores. Lamentamos que haja tanto desrespeito com as entidades representativas e com os próprios funcionários, ao “furar” a reunião de negociação; lamentamos que para V.Sa os “grandes negócios” se resumam a cifras, e não a ter funcionários satisfeitos e valorizados...

Afinal, os resultados não nascem de um sinal do condão mágico da gestão, mas fruto do trabalhado coletivo dedicado e competente dos trabalhadores do BNB. Mas o presidente, inebriado apenas com os números, esquece a maior e mais importante força geradora destes resultados: a força de trabalho desta instituição de desenvolvimento.A AFBNB tem recebido inúmeros telefonemas de todo o Nordeste de funcionários em busca de novidades.

Não há. Bem que tentamos garantir a reunião, com outro interlocutor do Banco, já que a Superintendente de Desenvolvimento Humano continua em Brasília, mas enfrentamos o silêncio do Banco e a passividade da Coordenação da Comissão Nacional. De qualquer forma, estamos de plantão: hoje, amanhã, sábado e domingo. Também os funcionários do Banco querem sair dessa greve, mas com dignidade!

Fonte: AFBNB

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