quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Bancários de bancos privados de
Porto Alegre aprovam nova proposta
No final da manhã desta quinta-feira, dia 8, os bancários de instituições privadas se reuniram na Praça da Alfândega, no centro de Porto Alegre, para avaliar a proposta apresentada pela Fenaban ao Comando Nacional dos Bancários na noite anterior.
O diretor do SindBancários Mauro Salles iniciou a assembleia informando os colegas do conteúdo da proposta. "Depois de 14 dias de greve, finalmente, os banqueiros apresentaram uma proposta possível de ser apreciada pela categoria", declarou ele.
A proposta inicial foi amplamente rejeitada pelos bancários, pois oferecia apenas a reposição da inflação como reajuste e uma PLR menor que a do ano passado. Lúcio Mauro, diretor jurídico do SindBancários, afirmou que não haverá desconto dos dias parados.
"Nós sabemos que merecemos mais e que ainda há muito por que lutar, mas conquistamos esses avanços com a nossa luta", disse ele.
Para Everton Gimenis, também diretor do Sindicato, os bancários podem voltar ao trabalho de cabeça erguida por terem conquistado vitória diante do mais poderoso patrão do país, os banqueiros.
Além disso, ele saudou aos colegas que não se deixaram intimidar pela forte pressão dos bancos privados e agradeceu à população que compreendeu e apoiou o movimento.
"Nossa greve nunca quis prejudicar os clientes, mas sim enfrentar os bancos, que exploram a eles e a nós", afirmou Gimenis. Antes de colocar em votação a aceitação ou não da proposta da Fenaban, Mauro Salles ressaltou a importância de os bancários permanecerem atentos para não tolerar abusos.
"Se houver problemas na volta ao trabalho, pressão ou assédio, denunciem ao Sindicato", alertou. Por fim, a assembleia aprovou a aceitação da proposta da Fenaban e o retorno ao trabalho a partir do meio-dia desta quinta-feira. Fonte: Seeb Porto Alegre
.
Bancários da Nossa Caixa conquistam
distribuição de R$ 60 milhões
.
Os bancários conquistaram, em negociação na manhã desta quinta-feira, dia 8, com a Nossa Caixa e o Banco do Brasil, a distribuição do montante de R$ 60 milhões entre os funcionários do antigo banco estadual paulista e recentemente adquirido pelo BB.
"Esse montante será distribuído de forma linear entre os trabalhadores, faltando ainda definir a forma de enquadramento", afirma o secretário-geral da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Marcel Barros.
A negociação será retomada ainda nesta quinta-feira, às 13h30, para acertar os detalhes da proposta e da distribuição.Greve arrancou negociaçãoCom a forte greve que atingiu praticamente todas as agências e departamentos da Nossa Caixa, o BB se comprometeu a construir junto com as entidades sindicais e a direção do antigo banco paulista uma proposta de participação nos lucros e resultados para os funcionários.
"Faz dois meses que estamos debatendo a PLR com o banco, que até agora não fez nenhuma proposta. Tivemos de ampliar a greve para retomarmos as negociações. Agora, esperamos que o BB tenha entendido o recado e ajude a resolver o problema, valorizando os bancários por meio de uma participação baseada nos resultados", diz Raquel Kacelnikas, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo
.
Bancários da Nossa Caixa ampliam
mais a greve e negociam nesta quinta
.
A greve dos bancários, que já era forte na Nossa Caixa, foi ampliada ainda mais na quarta-feira 7, 14º dia de paralisação por tempo indeterminado da categoria.
Numa grande plenária realizada pela manhã em frente a matriz da Rua 15 de Novembro, na capital paulista, os empregados decidiram fortalecer o movimento e até os gestores que estavam trabalhando e fazendo contingenciamento aderiram às paralisações.
"Essa é a resposta dos bancários à pressão que a Nossa Caixa fez esta semana para que os funcionários voltassem ao trabalho. Além de continuarmos parados, trouxemos mais bancários para a greve. Não vamos aceitar pressão e muito menos esta falta de vontade do banco em negociar a nossa participação nos lucros e resultados. Enquanto não for resolvido o problema da nossa PLR, vamos continuar de braços cruzados", afirma a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Raquel Kacelnikas.
A dirigente ressalta que a PLR dos bancários da Nossa Caixa está sendo discutida com o banco há dois meses, mas até agora não houve avanços.
Segundo Raquel, a direção da antiga empresa paulista joga no Banco do Brasil a culpa pela enrolação, enquanto a diretoria do BB empurra a responsabilidade para a Nossa Caixa.
"Quem tem de resolver o problema é o Banco do Brasil, porque agora somos todos funcionários da mesma empresa. Nossa greve não é só pela PLR, mas sim pela falta de respeito. Se uma reivindicação tão simples como essa é tão difícil de ser resolvida pelo banco, o que dizer quando começar a incorporação de fato?", questiona.
Raquel lembra que os bancários da Nossa Caixa têm um histórico de luta que já rendeu muitas conquistas e que os trabalhadores continuarão agindo da mesma forma com o BB.
"Não vamos começar nosso relacionamento com o Banco do Brasil com uma derrota. Queremos uma solução para a PLR e não vamos deixar a greve enquanto não conquistarmos essa reivindicação. Não somos bancários de segunda categoria, somos funcionários do Banco do Brasil como todos os outros e não vamos admitir um tratamento diferenciado. Não pedimos para que o BB comprasse a Nossa Caixa, pelo contrário, lutamos para que o banco continuasse pertencendo ao Estado de São Paulo. Mas já que a compra se concretizou, queremos entrar no BB de cabeça erguida".
Segundo Raquel, mesmo se a Fenaban apresentar uma proposta decente e os bancários dos bancos privados encerrarem a greve, os funcionários da Nossa Caixa continuarão parados até que a empresa encontre uma solução negociada para a PLR.
"Inclusive vamos fortalecer ainda mais o movimento, trazendo para a greve os gerentes, assistentes e os gestores de departamento e divisão. Esses bancários, embora ocupem cargo de chefia, precisam entrar na luta, pois a PLR é para todos".
Fonte: Seeb São Paulo
.
Começa a Negociação entre Comando e Caixa
A greve nacional dos bancários também forçou a Caixa Econômica Federal a retomar as negociações da pauta específica de reivindicações dos empregados.
Marcada inicialmente para a manhã desta quinta foi adiada e começou agora há pouco, às 15h desta quinta-feira, dia 8, em São Paulo.
Os trabalhadores da Caixa esperam que o banco tenha entendido o recado da greve e atenda as demandas específicas.
.
Nova proposta garante PLR adicional
mesmo sem crescimento do lucro
.
A participação dos bancários na greve mais uma vez surpreendeu os banqueiros e mudou a atitude deles, que queriam impor aos trabalhadores perdas na Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
A proposta apresentada pela Fenaban, na noite de quarta-feira 7, prevê PLR de 90% do salário mais R$ 1.024, com teto de R$ 6.680.
O valor pode ser majorado até que seja distribuído pelo menos 5% do lucro líquido, podendo chegar a 2,2 salários, com teto de R$ 14.696.
"Os banqueiros até acataram a reivindicação de proposta simplificada, mas que reduzia drasticamente os valores pagos os trabalhadores e isso não admitimos", diz o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino.
"Então voltamos ao modelo antigo e conseguimos garantir que os bancários não recebam menos que no ano passado.
"O presidente do Sindicato destaca a retomada do teto de 15% na distribuição do lucro.
"Os bancos queriam rebaixar esse teto para 4% e imputar aos trabalhadores enorme perda. Esqueceram que os bancários são gente de luta, que não se dobra, e foram obrigados a voltar atrás", diz Marcolino, lembrando que o rebaixamento do teto para 4% poderia virar referência e comprometer até a PLR dos bancos públicos.
.
Previ negocia consórcio da Vale/
CPFL/Neoenergia para Belo Monte
.
A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, está tentando montar um consórcio que junte a Vale, CPFL e Neoenergia, empresas nas quais tem participações relevantes, para disputar a usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu.
Segundo o presidente da Previ, Sérgio Rosa, no momento não há conversa com outros sócios, e negou uma possível negociação com a Suez Energy, conforme especulado na mídia.
"Nesse momento não tem mais gente, mas pode ser que mais à frente entrem outros", explicou a jornalistas nesta quinta-feira.
Maior acionista da Vale, a Previ teria problemas de conflito de interesse se as companhias estivessem em consórcios diferentes, explicou o diretor de participações, Joilson Ferreira.
"Seria complicado se cada uma ficasse num consórcio, ia ter que sair da sala", disse Ferreira sobre o dia do leilão, quando os consórcios ficam isolados em salas tomando decisões sobre os lances.
Segundo Ferreira, o governo, representado pelas controladas da Eletrobrás, deverá ficar com 49 por cento do projeto e o restante com o consórcio vencedor. "Não está fechado, mas para a Previ seria melhor elas irem junto", disse o executivo.
PUBLICIDADE VALE
A Vale aumentou significativamente a sua publicidade no Brasil após sucessivas críticas públicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as demissões realizadas pela mineradora --quase duas mil durante a crise-- e os pesados investimentos fora do país.
Além de inúmeras páginas em revistas e jornais com os empreendimentos das companhia no país, a Vale tem anunciado fortemente em canais de TV a cabo e na TV aberta, inclusive participando de programas populares.
Nesta quinta-feira, um colunista do jornal O Globo informou que a companhia contratou como garoto-propaganda o ator José Mayer, galã do momento que estrela a novela das 21h da TV Globo.
Perguntado por jornalistas se a empresa está no caminho certo com tanta publicidade, o presidente da Previ foi direto:
"Não precisava ser tanto", declarou a jornalistas após lançamento do código Previ de governança corporativa para o setor imobiliário.
Procurada pela Reuters a Vale não tinham ninguém imediatamente disponível para comentar sobre o consórcio de Belo Monte ou os investimentos publicitários. (G1)
..
Mantega confirma devolução
mais lenta do Imposto de Renda
.
Ministro disse que demora na restituição se deve à arrecadação.
Mantega garante que contribuinte não será prejudicado.
.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou nesta quinta-feira (8) que a Receita Federal está mais lenta em restituir a devolução do Imposto de Renda da pessoa física neste ano. A informação foi dada em uma reportagem do jornal "Folha de S. Paulo" desta quarta.
"Todo ano tem restituição e o ritmo é moldado pela disponibilidade e arrecadação de receita que nós temos," explicou o ministro em entrevista após divulgação do balanço do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em Brasília.
Se a arrecadação se mantivesse estável frente ao mesmo período do ano passado, o governo arrecadaria R$ 34,9 bilhões a mais neste ano. Somente as reduções de tributos geraram uma queda de R$ 17,3 bilhões na arrecadação de impostos e contribuições federais até agosto.
'Ano mais difícil'
"Nós estamos num ano mais difícil, a nossa arrecadação tem sido mais baixa, então existe um ajuste. O ano passado a arrecadação foi muito maior, nós tínhamos uma folga e a restituição foi feita mais rapidamente. Esse ajuste é decidido a cada mês. É normal que numa crise haja queda de arrecadação, portanto o caixa dos governos fica mais apertado. Agora, se até o final do ano houver uma recuperação, nós aceleraremos," garantiu Mantega.

Nenhum comentário: