Na véspera de finados, bancários do
HSBC realizam dia de preto pela PLR
Os bancários do HSBC realizam nesta sexta-feira, dia 30 de outubro, véspera do feriadão de finados, em todo país, um dia de preto, com uso de roupas escuras, numa manifestação de luto pelo pagamento da PLR manipulada.
Os ingleses do HSBC anunciaram para os funcionários na última quarta, dia 21, que o banco seguirá a regra acordada com a Fenaban e aplicará um redutor de 26,22% na primeira parcela da PLR, que foi paga na terça-feira, dia 27.
Desta forma, os bancários do HSBC recebem como antecipação da PLR o valor de 39,84% do salário mais R$ 453,01 fixos, além de R$ 251,75 referentes à PLR Adicional (2% do lucro líquido distribuídos linearmente para todos os funcionários).
"O provisionamento injustificável de mais de R$ 1,6 bilhões é uma manobra fiscal e contábil que precisa ser denunciada e repudiada. A conseqüência disso, ou seja, um lucro líquido de aproximadamente R$ 250 milhões, não reflete o empenho, o suor e o sangue de cada bancário para o atingimento de metas desumanas", comenta Sérgio Siqueira, diretor da Contraf-CUT e integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC.
"O banco afirma estar seguindo a regulamentação do Banco Central e ter justificativas para fazer o provisionamento que fez, mas tal montante é um exagero. Está claro para nós que o banco manipulou o lucro para reduzir a PLR dos bancários", afirma Carlos Kanak, coordenador da COE HSBC.O movimento sindical construiu um calendário de ações a serem implementadas, objetivando a reversão dessa postura espoliatória do HSBC.
"Orientamos as federações e os sindicatos a consultar os materiais que estão sendo disponibilizados para pressionar o HSBC a negociar com os trabalhadores", alerta Lúcio Paz, diretor da Federação dos Bancários do RS e membro da COE do HSBC.
"Só com muita luta poderemos reverter essa situação que já não é novidade para nós, uma vez que já em 2002 o HSBC anunciara o pagamento da segunda parcela da PLR, mas não pagou e também não deu nenhuma explicação pela falta do pagamento", relembra o dirigente sindical.
Fonte: Contraf-CUT
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