Bancos brasileiros e angolanos
ampliam atuação nos lusófonos
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As operações de bancos angolanos em Portugal, Brasil, Cabo Verde e São Tomé e as parcerias dos maiores brasileiros com congêneres portugueses mostram como as instituições financeiras acompanham, no espaço lusófono, a tendência de investimentos e parcerias multilaterais.O maior banco privado angolano, o Banco Africano de Investimentos (BAI) criou em Portugal o BAI Europa e recentemente o BAI Cabo Verde.
As operações de bancos angolanos em Portugal, Brasil, Cabo Verde e São Tomé e as parcerias dos maiores brasileiros com congêneres portugueses mostram como as instituições financeiras acompanham, no espaço lusófono, a tendência de investimentos e parcerias multilaterais.O maior banco privado angolano, o Banco Africano de Investimentos (BAI) criou em Portugal o BAI Europa e recentemente o BAI Cabo Verde.
É também parceiro da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em São Tomé e Príncipe e participa no capital do BPN Brasil, num dos exemplos mais evidentes de que já não são só os bancos portugueses que ampliam a presença nos países lusófonos.
"Para financiar as trocas comerciais, acompanhando os negócios dos clientes ou estando disponíveis para potenciais investidores", como explicou Mira Amaral à Agência Lusa, outro grande banco angolano, o Banco BIC criou em Portugal uma instituição "gêmea" de direito português.
O Banco BIC português iniciou sua atividade em maio de 2008 e tem já seis filiais, em Lisboa, Braga, Porto, Viseu, Leiria e Aveiro. Recentemente, o Banco Privado Atlântico - Europa (BPAE), de capital majoritariamente angolano, iniciou atividade em Portugal para apoiar projetos de investimento baseados no cruzamento de participações entre entidades angolanas e portuguesas.
Do Brasil, há pelo menos três bancos com presença em Portugal, sendo o mais antigo o Banco do Brasil, que atua em solo português desde a década de 1970 e que, recentemente, passou a estar integrado no BB Viena, banco onde a instituição brasileira está reunindo todas as operações na Europa.
Com esta reestruturação, "pouco muda sob o ponto de visto do atendimento" para os cerca de 22 mil clientes em Portugal, mas a instituição passa "a ter status de banco Europeu", como explicou recentemente à Agência Lusa o diretor do banco em Portugal, José Carlos Neves.
Além disso, "a junção das agências aumenta a capacidade de melhor atender os clientes corporate [empresas], já que aumenta o patrimônio líquido e assim a capacidade no atendimento a solicitações de crédito".
A estratégia adotada por outros gigantes do mercado brasileiro, Itaú e Bradesco, é estar junto aos mercados onde seus clientes estão para criar oportunidades ou apoia-los nas mais diversas ações.
O Itaú controla, através da holding Itaúsa Portugal, o Itaú Europa, um banco constituído em outubro de 1994. Além disso, ele é o segundo maior acionista do português BPI, que além das importantes operações em Angola e Moçambique, criou recentemente um fundo de investimentos para o continente africano.
O Bradesco, segundo maior banco privado brasileiro, tem, por outro lado, participação cruzada (6,1% do capital) com o Banco Espírito Santo (BES) e é também acionista do BES Investimento Brasil.
Lisboa, 6 nov (Lusa)




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