domingo, 8 de novembro de 2009

Com quase 30 milhões fora da pobreza

hoje classe média é maioria no Brasil

Em entrevista para o programa Bom Dia Ministro, transmitido ao vivo via satélite para emissoras de rádio de todo o Brasil, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, analisou o andamento das obras do PAC, que já totaliza mais de 33% de ações concluídas e 58% em ritmo adequado de andamento. Também abordou o conjunto de medidas do governo federal para a Copa de 2014, o Pré-sal e a crise econômica mundial. Leia abaixo os principais trechos da entrevista.
Desigualdades
As desigualdades no País estão sendo reduzidas de forma muito significativa. Consideramos que uma nova classe média surgiu no governo Lula, vinda daquelas pessoas que estavam em uma situação de pobreza. Então, quase 30 milhões de pessoas saíram de uma situação de pobreza e chegaram à condição atual, com a classe média sendo a grande majoritária no Brasil. Para a gente lembrar, em 2003 algo como 49,4% do Brasil era de classe média.

Hoje, temos uma situação completamente diferente: quase 53% é classe média. Isso significa que o País está numa nova situação. Ele criou um mercado interno poderoso, responsável por termos sido o país que por último entrou na crise e estamos sendo os primeiros a sair dela. O mercado interno funcionou como uma espécie de âncora. Garantindo que não se tivesse uma queda no emprego como os Estado Unidos e Europa. O número de empregos está aumentando. Vamos criar algo como um milhão de novos empregos em 2009.
Crise Econômica Internacional
Eu avalio de uma maneira muito otimista. E acho que não sou só eu não. Pelo menos as grandes revistas e jornais internacionais, como o The Economist, o Financial Times, o Le Monde, todos eles reconhecem que o Brasil é um país diferenciado. E eu acho que conseguimos isso pela política que o presidente Lula encaminhou para o País. Tivemos um sucesso extraordinário. Primeiro, nas medidas anticíclicas que tomamos.

No passado, quando havia uma crise internacional lá fora o Brasil quebrava e recorria ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que impunha uma lista de condições. Primeiro, parar de investir. Tudo que não fizemos foi parar de investir. Primeiro porque não dependemos do FMI mais. Acabamos com essa dependência que era nefasta, porque só ampliava a crise. Eles receitavam isso para nós, mas deste remédio eles definitivamente não tomavam. Então, passamos a investir. Definimos que a Petrobras manteria seus investimentos.

Passamos 100 bilhões para o BNDES, fizemos um programa habitacional de magnitude, que é o "Minha Casa, Minha Vida", com o objetivo de construir um milhão de moradias, e colocamos nossos bancos públicos - Banco do Brasil e Caixa Econômica - para garantir o crédito para as empresas. No meio da crise reduzimos juros. Hoje o Brasil pode dizer que estávamos certos: fomos os últimos a entrar e somos os primeiros a sair da crise. No ano que vem, vamos fechar esse último trimestre com uma taxa projetada de crescimento de quase 6%. O Brasil acelerou outra vez.
Fonte: Em Questão

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