Bancários do Santander e Real exigem
PPR justo e marcam dia nacional de luta
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A ampliação e fortalecimento da jornada, iniciada no dia 28 de dezembro, e a realização de um dia nacional de luta na próxima quarta-feira, dia 20 de janeiro, foram as principais decisões da plenária nacional de dirigentes sindicais do Santander e Real, realizada pela Contraf-CUT na última terça-feira, dia 12, em São Paulo.
O objetivo é reforçar a mobilização para que o Santander retome as negociações e apresente uma proposta digna para o aditivo à convenção coletiva de trabalho e o acordo do Programa de Participação nos Resultados (PPR).Participaram mais de 60 dirigentes sindicais de todas as regiões do país, oriundos de diversos sindicatos e federações.
Também compareceu um representante da Contec.Todos se manifestaram indignados com a proposta de PPR do banco, cobraram melhorias no aditivo e prometeram aumentar a pressão sobre o Santander."Vamos intensificar o processo de mobilização em todo país, levando o jornal para os bancários que ainda não receberam.
Além disso, vamos fazer crescer as manifestações e protestos, pois, com os lucros que vem acumulando, o Santander possui todas as condições financeiras para melhorar a proposta de aditivo e pagar um PPR justo", afirmou o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. Na plenária, o Dieese fez uma apresentação, mostrando dados sobre as isenções tributárias do banco, em função da assinatura de acordos com as entidades sindicais envolvendo participação nos lucros e resultados.Os dirigentes sindicais exigem do banco um critério para o pagamento de PPR e decidiram pela retomada da jornada.
A proposta do Santander é firmar um acordo por dois anos, pagando R$ 1 mil de PPR, em fevereiro de 2010, e outros R$ 1 mil corrigidos pelo índice de reajuste a ser conquistado na campanha salarial deste ano, em fevereiro de 2011. Isso é inaceitável!Enquanto isso, o banco aprovou na assembleia dos acionistas de 2009 o valor de R$ 223,8 milhões para remunerar seus 26 diretores executivos, o que significa uma média de R$ 8,26 milhões para cada um.
"Pagando mais de R$ 8 milhões a cada diretor executivo, o valor que sobra para os bancários não é ilegal, já que não existe nenhuma lei que restrinja a remuneração dos executivos. Mas essa distribuição tão desigual é, sem dúvida, imoral", reiterou o diretor da Federação dos Bancários do RJ-ES, Paulo Garcez.
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