sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Copom deverá subir o tom
sobre a inflação, diz Bradesco
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O Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco mantém a previsão de que o início da alta da taxa básica de juros (Selic) vai ocorrer em abril.
Para a reunião de amanhã do Comitê de Política Monetária (Copom), o banco acredita que o tom de possível elevação dos juros continuará subindo, mas a Selic seguirá no patamar atual, de 8,75% ao ano.
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Desembolso de recursos do BNDES pelo
Banco ndo Brasil dobrou no segundo semestre
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O Banco do Brasil liberou R$ 6,94 bilhões em recursos do BNDES entre julho e novembro do ano passado, mais que o dobro do total desembolsado pelo banco durante o primeiro semestre, R$ 3,4 bilhões. Com isso, o BB manteve a liderança entre as instituições financeiras credenciadas pelo BNDES, com 20,37% de participação e R$ 10,3 bilhões liberados entre janeiro e novembro de 2009. O Grupo Itaú Unibanco ocupa a segunda colocação do ranking, com desembolso total de R$ 8,56 bilhões, seguido pelo Bradesco, com R$ 7,96 bilhões.
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Brasil terá o terceiro maior
déficit externo do mundo em 2010
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O Brasil irá apresentar, em 2010, o maior déficit externo de sua história e o terceiro maior do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Espanha.
Pelas contas do departamento econômico do Bradesco, o déficit irá se elevar de US$ 21 bilhões em 2009 para US$ 63,5 bilhões em 2010.
“Esse é o efeito colateral do País crescer acima do seu potencial”, diz Octavio de Barros, economista-chefe do Bradesco.
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Déficit elevado não deve necessariamente
reverter apreciação do câmbio
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A grande pergunta que se faz é se esse elevado déficit externo do País em 2010 será capaz ou não de conter a apreciação do real.
Para a equipe comandada por Octavio de Barros, do Bradesco, parece prematuro supor que o simples fato de o País ter um déficit elevado em 2010 levará à interrupção da apreciação do real, especialmente num ano de forte crescimento.
Os dois episódios de depreciação cambial elevada (1999 e 2002) mostram que o Brasil, hoje, apresenta uma situação muito mais confortável, apesar de os valores nominais do déficit, as amortizações e o passivo serem os maiores da história do País.
Quando o Brasil viveu as crises de 1999 e 2002, a dívida externa sobre o PIB era de 26% e de 40% respectivamente, enquanto, hoje, não passa de 14% do PIB.
Medida como proporção das exportações, a dívida externa chegou a 4,3 o volume exportado nos dois casos, enquanto hoje é de apenas 1,7 vez maior.
“Esses são alguns dos indicadores que mostram a substancial melhora das contas externas brasileiras nos últimos anos”.

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