sábado, 30 de janeiro de 2010

Santander prevê expansão de 20%
para pequenos empréstimos em 2010
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O potencial de negócios nas classes populares fez o Santander dobrar sua previsão de crescimento da base de clientes dos empréstimos de baixo valor para este ano.
Segundo o superintendente da área no banco, Jerônimo Ramos, a expectativa agora é de expansão de 20%, ante 10% no fim de 2009.
A concessão de crédito para pequenos empreendedores era uma política do ABN AMRO Real, comprado pelo Santander. Em agosto houve a integração dessas novas operações, quando foi feita a previsão menos otimista. "Mas a união dos bancos potencializou a área", diz Ramos, que é oriundo do Real. "Poderemos emprestar mais.
"Ramos afirma que o Santander detém 18% do mercado de empréstimos de baixo valor. Fica atrás do Banco do Nordeste, que lidera com 65% do total. De acordo com ele, a área de pequenos financiamentos existia desde 2003 no antigo Real e atualmente tem 95 mil clientes, com uma carteira ativa de R$ 100 milhões, ou seja, o total que esses clientes possuem atualmente em financiamento com o banco.
Baixa inadimplência
Em 2009, o banco emprestou R$ 250 milhões em linhas de empréstimos de baixo valor. Esse número é maior que a carteira ativa pois parte é devolvida, em créditos quitados. O ticket médio é de R$ 1.700 e o prazo dos financiamentos gira entre quatro e cinco meses.
A inadimplência, segundo o superintendente, é menor que a do mercado em geral, ou 3% da carteira.
Segundo Ramos, 98% dos empréstimos do Santander nessa área são concedidos para grupos, e não para indivíduos. São os chamados "grupos solidários".
Neles, são feitos financiamentos para três ou quatro empreendedores de uma vez. "Com isso, um zela pela saúde financeira do outro, o que gera comprometimento."
Do total de clientes, 65% são mulheres.A operação de empréstimos de baixo valor, que começou em São Paulo, se expandiu para o Rio de Janeiro e entrou no Nordeste em 2005. Atualmente, diz Ramos, cerca de 80% dos negócios estão no Norte e no Nordeste do País.
Expansão
"Operamos em 12 estados e atendemos 400 municípios, por meio de 200 agentes de crédito", diz. Cada agente atende, em média, 800 clientes. São 22 filiais. Para o segundo semestre, o objetivo é entrar em Minas Gerais.
O superintendente diz que poucos usuários de pequenos empréstimos são clientes do banco, e que a concessão desse tipo de financiamento contribuirá para que parte deles abra a primeira conta. "As microfinanças são um grande filão no Brasil. Quando segmentamos a população, descobrimos uma fatia gigantesca que não é atendida pelos bancos", afirma.

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