sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Situação do BB Imperatriz é "Crônica"

Quem tem boca vai a Roma
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Sálvio Dino
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IMPERATRIZ – Quem levantou o rabo da vaca bancaria? Os vereadores sulistas! Bateram bem na cabeça dos donos das vacas leiteiras. Vieram as boas leis. Ninguém acreditava na arrancada!
Certo dia ouvi, a respeito, pitoresca tirada: “É mais fácil se arrancar um tumor das costas de um jumento do que se extrair uma gota de bom senso da cabeça dos que pensam ser as FILAS, pura besteira que não fede e não cheira...”
E, elas chegaram! “Os donos do mundo torceram o nariz.” - As leis saíram do papel?, perguntavam, estonteados, tal qual peru, em véspera de natal.
Saíram sim senhor. Dentre tantas louváveis medidas, tem uma, nota 10: o fulano banco que não cumprir a lei, terá o seu alvará de funcionamento cassado. Eu disse: cas-sa-do!
Claro como a luz do sol, os vereadores do norte e nordeste seguiram o bom exemplo. Era de se esperar! O povo daqui, dessas bandas, não está mais agüentando tanta humilhação.
Basta de se ver, até mulher grávida dar a luz a uma criança aos gritos, numa interminável fila. E pior: meio-dia. Pense, caro leitor(a) numa miséria desse tipo...
E, todos nós, defensores de tão louvável lei estávamos satisfeitíssimos com o bater do martelo legal. Beleza pura. Madeira neles!
Eis que, dois dias atrás, entramos numa agencia do BB. Qual a minha surpresa, minha decepção: centenas e mais centenas de clientes suando, padecendo que só suvaco de aleijado em grandes filas.
Quando viram o cronista, foi um Deus nos acuda. Era mais quem queria saber- se a lei dos vereadores imperatrizenses não vai valer. Ou se foi pra a enganar a nega do leite ou nos levar “pru” mundo do faz de conta...
Quase perdi a cabeça. Então, lembrei-me das sensatas declarações do atuante vereador Raimundo Roma à imprensa: “O parlamentar ressaltou que está encabeçando um movimento na Câmara Municipal, objetivando que a Prefeitura casse o alvará de funcionamento das agencias bancarias que se a cumprir a lei. E´uma medida radical, mas a única forma que nós estamos vendo dos bancos se adequarem à lei...”
Pegando a carona de tão oportuna e acertada linha de ação, desejo lembrar ao ilustre edil: é constrangedor – uma cidade, como a nossa querida Imperatriz, - a maior metrópole do interior da Amazônia Legal, a segunda maior do Estado(Ma), agora com uma colossal ponte de integração com as regiões mais distantes do Brasil Central – possuir tão somente 4 (quatro) e, altamente desaparelhadas ou melhor, desmanteladas mesma, agencias do BB.
Está certo isso?! Será que alguns desses “cascas grossas” que se intitulam licurgos da terra do frei – não enxergam tamanha heresia? Permita-me a sugestão vinda dum antigo (já aposentado) parlamentar:
A edilidade bem que poderia convidar o Superintendente do BB, com o fito de explicar-nos o porquê da Grande Imperatriz não ter uma rede de agencias, compatíveis com o porte da cidade, futura capital do Estado do Maranhão do Sul.
De qualquer forma, pra se chorar mais, não é preciso se ir ao Papa, lá na distante Roma, já que os cardeais, não dão jeito. Com jeito, vá ali, mesmo, no plenário da Câmara Municipal de Imperatriz e procure o nosso esforçado diácono paroquial, o Roma.
Talvez, quem sabe, ele, juntamente com os seus bem intencionados pares, consiga fazer o tão complicado parto da montanha.
Dizia-me, com lágrimas nos olhos, um miserável sofredor das Filas:”Ainda não esmoreci. Água mole em pedra dura tanto bate, até que fura. Vai que é tua, meu querido Roma!
imirante.globo.com/oestadoma

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