domingo, 30 de agosto de 2009

Itaú Unibanco receberá 98 milhões
de ações da Porto Seguro
Ações serão dadas em troca da carteira de
seguros de automóveis e residências do banco
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A Porto Seguro irá entregar ao Itaú Unibanco 98,3 milhões de novas ações em troca da carteira de seguros de automóveis e residências do banco, com patrimônio líquido de R$ 950 milhões. Após essa operação, o banco passará a deter 30% do capital total da seguradora, que atualmente tem 229,35 milhões de ações emitidas e patrimônio de R$ 2,1 bilhões.
A preços de mercado, no entanto, a fatia do Itaú Unibanco já vale bem mais. Valorizada após o anúncio da operação, a ação ordinária da Porto Seguro fechou o pregão desta segunda-feira na BM & FBovespa em alta de 9,37%, a R$ 17,50. Se considerado este preço, a fatia do Itaú Unibanco chega a R$ 1,72 bilhão.
O valor é bem próximo do citado pelo presidente do banco, Roberto Setubal, quando questionado sobre o tamanho da operação anunciada hoje.
Seu irmão e vice-presidente de Finanças, Alfredo Setubal, explicou que a diferença entre os R$ 950 milhões entregues e os R$ 1,72 bilhão reflete justamente o potencial de valorização da carteira de seguros do Itaú Unibanco.
Com a transferência da carteira para a Porto Seguro, os demonstrativos financeiros do Itaú Unibanco passarão a reconhecer na linha de equivalência patrimonial os resultados do segmento de seguros. Ali serão contabilizados os proventos referentes aos 30% de participação na Porto Seguro.
Além disso, o banco terá novas receitas, oriundas de uma comissão que receberá sobre as vendas de seguros feitas por meio de sua rede. Roberto Setubal preferiu não revelar os valores das comissões, limitando-se a informar que serão "preços de mercado".
A parceria anunciada não prevê a associação entre outros segmentos, como de Vida e Previdência. Setubal, no entanto, afirmou que o banco irá priorizar a Porto Seguro quando analisar novas associações nesses mercados.
Com a carteira do Itaú Unibanco, a seguradora passará a ter R$ 2,32 bilhões em prêmios auferidos de seguros de automóveis, 45% a mais que antes do negócio. (Época)

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