quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Vem pra Greve Você também. Vem!
Enrolação da Caixa leva os empregados
a deflagrarem greve a partir de hoje
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Ao se negar a apresentar contraproposta à minuta específica de reivindicações da campanha salarial deste ano, na rodada de negociação ocorrida ontem em Brasília (DF), a Caixa Econômica Federal deu um motivo a mais para os trabalhadores da empresa fortalecer a greve de toda a categoria bancária, a ser deflagrada em todo o país a partir desta quinta-feira, dia 24 de setembro.
Na reunião com o Comando Nacional dos Bancários e com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), os negociadores da Caixa informaram que a proposta para as questões específicas virá com o desdobramento das negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
No encontro de ontem, a empresa apenas repetiu a sua já conhecida postura de provocação às demandas dos empregados. Para a representação nacional dos bancários (Contraf/CUT e CEE/Caixa), a ausência de proposta, às vésperas das assembleias que discutirão o desfecho das negociações, deve ser respondida com a deflagração de uma greve a mais ampla e contundente possível, para que sejam atendidas as expectativas dos trabalhadores, tanto em relação às suas reivindicações específicas como em relação aos itens gerais tratados na mesa da Fenaban.
Segundo Jair Pedro Ferreira, coordenador da CEE/Caixa e diretor de Administração e Finanças da Fenae, “a greve tornou-se uma necessidade para o conjunto da categoria e terá nos empregados da Caixa a sustentação esperada”.
Ele afirma que, além de aumento real e PLR digna, os bancários da Caixa vão à luta também por redução da jornada sem redução salarial, novo PCC, ampliação do quadro de pessoal da empresa, isonomia entre empregados antigos e novos, superação dos problemas do Saúde Caixa, garantia de sustentabilidade ao plano REG/Replan não-saldado da Funcef e fim das discriminações a seus participantes, garantia do tíquete na aposentadoria a todos e como benefício contínuo, entre outras reivindicações específicas.
Plano de Funções Gratificadas
Na rodada de negociação de ontem, a Caixa apenas reapresentou as premissas e a estrutura que estão sendo definidas para o Plano de Funções Gratificadas (PFG).
A proposta global ainda está por ser concluída e colocada sobre a mesa para discussão com as representações dos empregados. PFG, aliás, é a denominação dada pela empresa ao Plano de Cargos e Comissões (PCC).
A novidade ficou por conta da tabela de remuneração com nove padrões, nos quais se daria o crescimento horizontal, e com 15 níveis para progressão vertical na carreira.
O modelo prevê a redução do número de cargos/funções de 120 para 55, sem que haja redução do número de postos hoje existentes.
É feita a diferenciação entre funções de Agência, de Superintendência Regional, de Filial e de Matriz.
É assegurada irredutibilidade salarial para a função enquanto a pessoa nela permanecer. Funções de Tecnologia da Informação, de Auditoria e do Jurídico receberão nomenclaturas diferenciadas.
É estabelecida tabela de remuneração única para todas as funções gratificadas. Fica mantido o conceito de Complemento Temporário de Ajuste de Mercado (CTVA). O critério de mercado é eliminado para dar lugar a uma diferenciação com base no porte da unidade. O modelo prevê também jornada única de 6h ou de 8h para as novas funções gratificadas.
A função de Avaliador de Penhor foi citada pelos representantes da Caixa como uma das que passariam a ter jornada de 6h. A Caixa reiterou que será assegurada a implantação do PFG até 30 de dezembro, conforme previsto no acordo coletivo 2008/2009.
Para o novo PCC, a CEE/Caixa reafirmou as premissas estabelecidas na proposta formulada pelos empregados, entre as quais se destacam a extinção do CTVA, os critérios para comissionamento e descomissionamento e a incorporação de funções.

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