HSBC nega PLR cheia,
mas patrocina festa no Caribe
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A Revista Caras da última sexta-feira (23) confirma aquilo que já vem sendo denunciado nos últimos dias: no HSBC, as decisões costumam ter dois pesos e duas medidas.
A publicação nº 43 traz uma ampla reportagem sobre a festa patrocinada pela instituição de origem inglesa entre os dias 09 e 12 de outubro, em paradisíaca ilha caribenha.
Sob o pretexto de debater questões ligadas ao desenvolvimento econômico e sustentável pós crise, o evento reuniu cerca de 160 lideranças políticas, empresários, executivos das maiores empresas do Brasil e personalidades do meio artístico, em luxuoso Resort, na Praia Juanillo.
Segundo a publicação, o “festivo banquete” teve como anfitrião o presidente e CEO do HSBC Bank Brasil, Conrado Engel, que ao lado de outros executivos do banco, discursou: “É um prazer estar entre amigos e ser saudado por Doria (João Doria Jr.) em uma festa como esta. Se há um ano o cenário era de crise, hoje só temos a comemorar”.
Para o movimento sindical, comemorar o fim da crise financeira, ao mesmo tempo em que nega a PLR cheia ao conjunto dos bancários é tamanha incongruência. “Se o banco está festejando o fim da crise, então deve pagar a PLR sem o redutor gerado pelas maquiagens realizadas pelo HSBC no balanço do primeiro semestre de 2009”, afirma o diretor da FETEC/CUT-SP, Luciano Ramos.
Conforme análise realizada pelo Dieese, o lucro apresentado pelo banco no período foi R$ 2,1 bilhões, cifra usada como parâmetro para o pagamento de executivos e acionistas. Para efeitos da distribuição da PLR da CCT 2009/2010, no entanto, o resultado apresentado foi de R$ 250 milhões, como fruto da elevada majoração nas Provisões para Devedores Duvidosos (PDD).
Para se ter idéia do tamanho da maquiagem, no primeiro semestre do ano, o volume de dinheiro emprestado pelo HSBC subiu, em relação ao mesmo período de 2008, de R$ 38,3 bilhões para R$ 40 bilhões, um crescimento de apenas 4,59%, enquanto as provisões para perdas subiram 87,85%, de R$ 866,7 milhões para R$ 1,6 bilhão. “Por meio dessa estratégia, o banco mantém os elevados rendimentos dos altos executivos e acionistas, mas restringe a PLR dos bancários”, explica o dirigente.
Frente ao tamanho do abuso, o movimento sindical já prepara mobilizações para pressionar o banco a pagar a PLR cheia ao conjunto dos bancários.
Lucimar Cruz Beraldo
A publicação nº 43 traz uma ampla reportagem sobre a festa patrocinada pela instituição de origem inglesa entre os dias 09 e 12 de outubro, em paradisíaca ilha caribenha.
Sob o pretexto de debater questões ligadas ao desenvolvimento econômico e sustentável pós crise, o evento reuniu cerca de 160 lideranças políticas, empresários, executivos das maiores empresas do Brasil e personalidades do meio artístico, em luxuoso Resort, na Praia Juanillo.
Segundo a publicação, o “festivo banquete” teve como anfitrião o presidente e CEO do HSBC Bank Brasil, Conrado Engel, que ao lado de outros executivos do banco, discursou: “É um prazer estar entre amigos e ser saudado por Doria (João Doria Jr.) em uma festa como esta. Se há um ano o cenário era de crise, hoje só temos a comemorar”.
Para o movimento sindical, comemorar o fim da crise financeira, ao mesmo tempo em que nega a PLR cheia ao conjunto dos bancários é tamanha incongruência. “Se o banco está festejando o fim da crise, então deve pagar a PLR sem o redutor gerado pelas maquiagens realizadas pelo HSBC no balanço do primeiro semestre de 2009”, afirma o diretor da FETEC/CUT-SP, Luciano Ramos.
Conforme análise realizada pelo Dieese, o lucro apresentado pelo banco no período foi R$ 2,1 bilhões, cifra usada como parâmetro para o pagamento de executivos e acionistas. Para efeitos da distribuição da PLR da CCT 2009/2010, no entanto, o resultado apresentado foi de R$ 250 milhões, como fruto da elevada majoração nas Provisões para Devedores Duvidosos (PDD).
Para se ter idéia do tamanho da maquiagem, no primeiro semestre do ano, o volume de dinheiro emprestado pelo HSBC subiu, em relação ao mesmo período de 2008, de R$ 38,3 bilhões para R$ 40 bilhões, um crescimento de apenas 4,59%, enquanto as provisões para perdas subiram 87,85%, de R$ 866,7 milhões para R$ 1,6 bilhão. “Por meio dessa estratégia, o banco mantém os elevados rendimentos dos altos executivos e acionistas, mas restringe a PLR dos bancários”, explica o dirigente.
Frente ao tamanho do abuso, o movimento sindical já prepara mobilizações para pressionar o banco a pagar a PLR cheia ao conjunto dos bancários.
Lucimar Cruz Beraldo
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